terça-feira, 17 de junho de 2008

Psiiiiuuuu!!!! Vai Começar mais um REC!


Por Helena Luiz

Corre, corre, estresse e muitas expectativas também fazem parte do IV Festival Nacional de Vídeos Universitários – REC 2008. Este ano, entre 27 e 29 de agosto, será a 4ª versão de um evento que nasceu com uma mostra competitiva de vídeos universitários produzida por um grupo de estudantes do curso de Rádio e Televisão (RTV) da Faesa.

O festival é uma oportunidade que estudantes têm de dividir idéias e experiências audiovisuais, além de revelar novos talentos cinematográficos, proporcionando que Vitória ganhe ares de "capital brasileira do cinema" durante os três dias da semana de agosto.
Os organizadores André Félix, Charlaine Rodrigues e Milena Ribeiro, sob a orientação do professor Rodrigo Rossoni, pretendem inovar o perfil do evento para que as mostras fujam cada vez mais ao óbvio. Segundo informações obtidas no site do REC, o festival será constituído de mostra livre, palestras e workshops. As novidades para esta edição são: separação das categorias de Melhor Vídeo Clipe da categoria Melhor Vídeo Arte; exibição da mostra competitiva no cine Metrópolis, na Ufes, além de convidados especiais.

Para produzir um vídeo, bastava ter uma câmera nas mãos e uma idéia na cabeça. Mas, este conceito na opinião de especialistas do universo cinéfilo, não tem funcionado muito bem. Eles orientam que para produzir um trabalho cinematográfico, é preciso "um bom roteiro em mãos, originalidade e ousadia para seduzir o público".
A equipe já está montada e Vitória está na contagem regressiva para obter o quarto êxito consecutivo em seu festival de vídeos universitários. O evento acontece no auditório da Faesa de São Pedro, e a expectativa é receber estudantes de várias universidades do Brasil, além de cineastas e críticos de renome.
Desliguem seus celulares, i-Pod's, mp3, mp4 e os marcapassos porque o play vai ser acionado. Psiiiiiiiiiiuuuuuuu!!!!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Teledramaturgia e a Mutação dos Novos Tempos

Por Helena Luiz
Novas técnicas nas produções novelísticas marcam a criação visual e evidenciam a complexidade no produto final dos folhetins. Pergunta-se: e a essência da teledramaturgia? Onde está? Surge um novo tempo e com ele mutações no universo da dramaturgia.
O surreal se mistura com o real, como no caso do folhetim: Os Mutantes!
Novelas, como muitos de nós sabemos, são formadas por um enredo principal e diversos enredos secundários. Mas por incrível que pareça, com essa estrutura e filosofia dos Mutantes, a
Record reiventou uma linguagem para a teledramaturgia e começa traçar um marco na história da televisão brasileira. A trama é até bem divertida para aqueles que são fãs dos seriados Ex-Man, Heroes e outros do gênero.
A história pouco emociona, ao contrário do que fazem as novelas. É difícil de acreditar que este estilo funcionasse em telenovela. A emissora aposta na segunda parte da novela Caminhos do Coração, intitulada de Os Mutantes - Caminhos do Coração e, ao que tudo indica, tem conseguido alcançar a proposta da produção.
A teledramaturgia é recheada de ficção traçando um paralelo com o cotidiano das pessoas. O telespectador está inserido de certa forma naquilo que está sendo contado na tela. É um meio dele enquanto espectador fazer sua catarse e de se ver retratado. A telenovela lida com o imaginário da pessoa, não abusando de sua inteligência. O autor ao escrever um conto, quer que o telespectador acompanhe o desenrolar da história, torça, emocione-se, participe! E no folhetim “Os Mutantes”, desculpe-me o autor da trama, isto não acontece!

Uma das novelas mais bonitas, sensíveis e comoventes a que assisti até hoje foi “Selva de Pedra” de 1972, de Janete Clair, que foi reprisada em 1975 devido ao grande sucesso, ano em que pude acompanhar a trama. Foi a maior audiência até hoje na história das telenovelas. A novela registrou 100% de audiência no último capítulo em que a personagem Simone (Regina Duarte) e o galã da trama, Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco), finalmente se acertam e sobem em um belo navio ao som de “rock and roll lullaby”. Esta cena provocou lágrimas em muitos espectadores, inclusive em mim, uma criança de 8 anos de idade. Essa novela foi meu primeiro contato com o mundo ficcional. Nunca mais deixei de ver novelas pela lente da genialidade que a ficção me proporcionava.
Janete Clair, carinhosamente chamada por Carlos Drummond de Andrade de “usineira de sonhos”, sabia escrever uma boa trama. A autora dizia: "É pecado você dar uma distração ao povo brasileiro? A vida já é tão dura, a gente já luta tanto. Com exceção da novela, o resto é tudo ruim. Então vamos alegrar povo". Morta há duas décadas, em 16 de novembro de 1983, a autora segue como forte influência da teledramaturgia brasileira.

Os aspectos emocionais da vida existiam, é claro, mas estavam submersos e invisíveis, colocados embaixo das questões práticas de todos os tipos. Para se escrever uma novela, não existe uma fómula. O autor tem que brincar com as idéias e dali tirar um bom casal, uma boa trilha sonora, uma boa história, um bom pano de fundo para o cenário da trama e esse pode ser o ponta pé inicial para que uma história seja assistida.
Tenho a impressão de que esses tempos já se foram e que, hoje em dia, as telenovelas não passam pelo processo da essência da sala do telespectador. É evidente que há grandes avanços tecnológicos porque “o tempo não pára”, o que é uma pena! Com isso, surge a forma mais sórdida e maldosa que existe para fazer novela: a da “metamorfose”.

A melhor novela dos últimos tempos: Selva de Pedra






domingo, 8 de junho de 2008

Sou mais a Bossa!

Por Helena Luiz

Há exatos 50 anos, um grupo de jovens autores e músicos que não tinham muito o que fazer, resolveu bater papo e rabiscar umas letras de música. Podiam não ter o que fazer, mas tinham idéia do que fazer.
E este foi o grande barato e a sacada do grupo. Aqueles jovens Joyce, Tom Jobim, Elizeth Cardoso, Vinícius, João Gilberto, Nara Leão, Carlos Lyra, Walter Campos, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Sérgio Ricardo, Chico Feitosa e outros feras de 20 e poucos anos, não tinham noção da revolução que nasceria daqueles encontros: A “Bossa Nova”! Uma gíria carioca que significava algo original, inteligente e bem humorado. Era um modo, um estilo de tocar e cantar o samba no final dos anos 50 que mudou e influenciou toda uma geração de músicos.
O cenário era Copacabana, Rio de Janeiro, e, como pano de fundo, a emergência urbana do país na fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-60). Mas eles não estavam muito dispostos a discutir política, não naquele momento. A essência era apenas músical! Os shows do grupo começaram no âmbito universitário. Era os "anos dourados" que estava começando. Enquanto que uma boa parte da juventude estava descobrindo o milk-shake e a cuba-libre, uma outra estava produzindo um som harmonioso que ganhava beleza e novas possibilidades de combinação: samba-canção e música instrumental traçando o longo caminho da música popular brasileira. Exatamente isto que eles queriam, que outros ouvissem o som que estavam produzindo. Até hoje, esse som é inconfundível e aplaudido no mundo inteiro.
Músicos que faziam parte deste "universo bossa", Vinicius, Elis, Tom e outros conseguiram internacionalizar e abrir portas para nossa música. Nesses 50 anos, a bossa também perdeu nomes que foram pioneiros no grupo. Um deles foi Walter Santos, que faleceu no último dia 2 de junho. A bossa, é claro, está de luto, mas o show não pode parar. A música popular brasileira aponta rumos e deixa marcas na música deste nosso tempo confusamente moderno.
Aos imortais "bossanianos" parabéns por essas merecidas “Bodas de ouro”.

Galeria da Saudade:










terça-feira, 3 de junho de 2008

A Cesta Básica está cada vez mais Básica no Brasil

Por Helena Luiz
A cesta básica teve aumento em dezesseis capitais brasileiras. Vitória é a 5ª capital com a cesta mais cara. Segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento da cesta básica foi devido a fatores climáticos, pressões de mercado internacional, alta dos adubos, fertilizantes e derivados do petróleo.

“Nunca antes na história deste país...!” Este é o discurso que se ouve do presidente Lula. Nunca antes o quê? Aumentos abusivos? Salários abaixo do preço dos alimentos?
Ouvi dizer que uma das razões dessa reviravolta nos preços é que os países estão comendo mais... dá pra crer? A culpa do aumento da cesta básica é por causa da fome do povo. O consumo cresce e, consequentemente, sobe a inflação. Ora, poupe-nos Senhor Presidente, destes ridículos discursos!

A realidade do Brasil é uma só: má administração do dinheiro público! Quando sobe o preço do trigo, da soja e outros nutrientes o governo deveria ter um plano "B" para resolver a crise, e isso não acontece. Quem paga a conta é sempre o cidadão brasileiro.

Notaram que foi só “aumentarem” o salário mínimo que todos os produtos sofreram aumento ao mesmo tempo? Até as questões climáticas sofrem influências nos desmandos governamentais. Das pesquisas realizadas nas capitais, Porto Alegre tem a cesta básica mais cara do país.

Enquanto as mágicas acontecem no Congresso Federal: Mensalões que ninguém sabe de nada. Cuecas recheadas de dólares. Quantias absurdas em conta corrente de caseiro, entre outros escândalos, os
Mister Ms estão vivendo e sobrevivendo nas ruas do Brasil, “porque nunca antes na história deste país...!”