sexta-feira, 25 de julho de 2014

Nossa Entrevistada, Renata Pallotini!

Por Helena Vitoria

O que mais me impressiona na evolução do ser humano é saber que milhões de pessoas mundo afora, de todas as idades e classes sociais, conseguem  se emocionar com as muitas histórias contadas pela nossa literatura e com o que muitas vezes nos é apresentado na televisão. Todo o mérito de mexer com as emoções cabe aos escritores do nosso tempo, pois, por meio de suas mãos e ideias, ainda que às vezes estejam tão distantes de nós, sua escrita torna-os muito próximos, porque conseguem mesclar realidade e ficção com evidente maestria.

Não à toa, muitos psicanalistas e estudiosos comparam a experiência da ficção com sonho. E, imerso nesse “sonho”, o blog “amigos imortais” trouxe aos seus leitores essa entrevista com a paulistana Renata Pallotini, que cursou direito, filosofia e dramaturgia. Escritora, ensaísta e tradutora também fazem parte do seu extenso currículo. Daí, sua facilidade em produzir tantas preciosidades para o teatro e televisão. Dentre seus muitos trabalhos televisivos, destaque para Vila Sésamo e Malu Mulher. Já, na literatura, perdem-se as contas nessa estante gigantesca de conhecimento e reconhecimento. Pallotini tem obras encenadas por criadores assíduos da cena nacional, como Silnei Siqueira, Marcia Abujamra, Gabriel Villela e José Rubens Siqueira. Sua escrita demonstra a compreensão do processo histórico e social do país e da literatura moderna. Em seus trabalhos, ela consegue reunir uma ordem lógica dentro de uma visão mais introspectiva. A escritora, que também é uma pesquisadora brasileira e latino-americana, faz uma análise aguçada da realidade em várias de suas obras. Sua narrativa tem a facilidade de transportar o leitor para além das fronteiras do tangível. É um convite a um mundo tão “real” e apavorante quanto àquele em que vivemos. Sejam bem- vindos a ele!

Televisão

Blog: Qual a sua análise sobre o veículo televisão?
Renata Pallotini: A televisão amplia o conhecimento e a portabilidade de conteúdos que, antes, eram privativos de teatro e cinema, entre outros.

Como foi o início de sua história com a televisão?
Isso se deu em 1972, quando escrevi, em colaboração com Chico de Assis, os textos da série para crianças “Vila Sésamo”, a convite de Ademar Guerra, para a TV Cultura.

A senhora acredita que a televisão é um modo de organizar a sociedade ou ela traça um caminho para a manipulação de uma classe social?
A TV tem um pouco de tudo, de bom ou de mau. Depende de nós, público, escolhermos o que mais nos agrade.

A televisão teve muita importância lá atrás, em 1950. Em sua opinião esse veículo permanece como elemento importante no cotidiano do ser humano?
Sem dúvida, sim.

A TV mutilou a dramaturgia ou ela veio ampliá-la ainda mais?
Creio que a TV criou uma nova forma de Dramaturgia adaptada às suas necessidades, como veículo de conteúdo e de imagem.

Fale um pouco sobre seu livro Dramaturgia de Televisão, livro que me direcionou a ver a TV talvez como eu nunca a tivesse observado. Nessa obra, a intenção é mostrar que há inexistência de comunicação entre emissor e receptor?
Não. Não creio que eu tivesse escrito o livro, se pensasse assim. A comunicação existe, e pode ser de bons ou maus conteúdos, valendo-se, inclusive, de conhecimento do meio, do instrumento.

Literatura

O que a caracteriza e diferencia enquanto criadora? A intensa atividade no teatro, na TV, na poesia, enquanto professora? Os trabalhos burocráticos e administrativos, incluindo a vida política? Enfim, qual o chão que a Renata Pallotini considera fecundo?
Um escritor tem a necessidade de escrever, para se comunicar e, naturalmente, dependendo do gênero que escolhe, para expressar-se , exteriorizar seus pensamentos e emoções.

São inúmeras suas obras. De ensaios à  poesia, literatura infantil, teatro e tantos outros caminhos e atalhos para o conhecimento. O que mais a aproxima do ser humano? Essa intensa produção a faz alcançá-lo com facilidade?
O que mais me satisfaz é, indubitavelmente, a Poesia. Nela eu me sinto mais à vontade, embora seja muito exigente na seleção. Acontece, às vezes, de eu escrever 10 poemas e salvar apenas um...

Qual foi o trabalho que lhe abriu as portas para a ficção? Qual foi o momento em que se voltou para ela?
Creio que comecei a fazer ficção com meus livros infantis... O Teatro também me ajudou a fazer diálogos, criar cenas individualizadas, o que se pode e deve fazer na ficção.

Deixe um recadinho bem pessoal aos escritores e leitores na data em que se comemora o dia do escritor. Pois a existência do escritor, em parte se deve ao leitor.
Não desistam, companheiro/as.

Educação

Neste dia 25 de julho, dia do escritor, também comemora-se o dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Qual sua posição sobre a inserção do afro-brasileiro no universo televisivo? Na dramaturgia ele aparece ou ainda existe a exclusão do negro dentro da teledramaturgia? Qual a sua posição sobre essa realidade?
Para mim não existem raças; portanto, negro e branco são seres humanos. Devido, naturalmente, ao racismo, que existe na sociedade de modo geral, a TV andou pecando ao excluir ou limitar o trabalho dos atores e atrizes negros. Mas esse pecado está sendo sanado.

Caso também perceba essa exclusão, a senhora acredita que a educação ainda pode reeducar o brasileiro quanto ou para isso? Seria o caso de reinventar alguns processos educativos? Dá tempo?
A educação pode tudo. A questão é de vontade, de recursos materiais, de boa escolha de mestres e um tratamento eficiente com estudantes.

Qual o tipo de avaliação a senhora faz ao tipo de educação vigente no Brasil? Caso seja contrária, o que falta nos pilares educacionais?
Falta muito: novo plano, nova orientação, mais recursos, preparação de mestres,reeducação de estudantes, ambientes adequados... Muito, como se pode ver.

Percebe-se que há um número expressivo de internautas na web. Com isso, estamos assistindo à popularização dos “leitores” digitais e tablets. Em sua opinião, isso é bom ou a internet é um campo minado para a busca do saber?
A Internet, se bem utilizada, é um meio novo fabuloso para o progresso da informação, educação e divertimento.

O pensador e romancista italiano Umberto Eco uma vez fez a seguinte afirmação: “o excesso de informação provoca a amnésia”. Qual a sua opinião sobre essa fala?
Quando se trata de excesso é, sem dúvida, verdadeira a afirmação. O excesso é prejudicial sempre.

Em sua opinião, o que ajudaria a formar leitores no Brasil?
A educação, em primeiro lugar;depois, a existência de livros acessíveis aos jovens e aos desfavorecidos, uma das poucas coisas que temos que aprender com os países socialistas.



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vitória, a nova superprodução da Record



Já foi batida a claquete para mais uma produção da teledramaturgia da Rede Record: “Vitória”, novela de Cristiane Fridman, que chegou com a missão de consolidar, cada vez mais, o núcleo de teledramaturgia da emissora.

Com ares de superprodução, a trama da bem-sucedida autora traz em sua história cerca de 50 nomes do cast da emissora. Os trabalhos no RecNov, moderno complexo de estúdios da Record no Rio de Janeiro, estava a todo vapor. Cenários, figurinos, equipe técnica e atores às voltas para acelerar os trabalhos e verem sua atuações em tela.

A direção mais uma vez aposta em jovens atores para encabeçar a comissão de frente deste enredo: Bruno Ferrari, que na emissora já atuou, entre outras, em “Bela, a Feia” e na bem-sucedida “Chamas da Vida”, novela também escrita por Cristiane. Sua última trama na Record foi “Balacobaco”. Já a outra protagonista, Thais Melchior, aparecerá em seu primeiro trabalho na emissora.

Para atazanar a vida do casal de mocinhos foram escalados Juliana Silveira (que já esteve em “Luz do Sol”, “Chamas da Vida” e “Balacobaco”), e Marcos Pitombo (de “Vidas em Jogo”, “A História de Ester” e “Mutantes”) novelas já exibidas na casa. Além dos jovens protagonistas e antagonistas, a Record aposta em nomes de peso para dar fôlego ao novo folhetim, como Beth Goulart, Heitor Martinez, André de Biase, Antonio Grassi, Gabriel Gracindo, Lucinha Lins e Paulo César Grande, entre outros.

Cristiane Fridman não pretende inovar na linguagem de “Vitória”, mesmo porque isso está cada vez mais difícil após décadas de produções teledramáticas na televisão brasileira. Porém, temas polêmicos serão abordados, a começar pelo entrecho central. Artur (Ferrari) fica paraplégico após sofrer um acidente de cavalo. Sentindo-se rejeitado pelo pai, ele vai embora com sua mãe Clarisse (Beth Goulart). Anos mais tarde retorna ao haras, de mesmo nome da novela – Vitória e, descobre que seu pai tem outra família. Assim, motivado pela descoberta de que não é filho biológico de Gregório (Antonio Grassi), o jovem inicia um plano de vingança.

Artur resolve conquistar o coração da joqueta Diana (Thais Melchior), filha da nova família que Gregório formou e sua suposta meia-irmã, tudo para fazer seu pai sofrer acreditando tratar-se de um incesto. Mas ele se apaixona de verdade e começa sua via sacra, tendo que decidir-se pelo amor de Diana ou pela insistência na vingança motivada pela mágoa que tem do pai. Além de incesto, o enredo vai explorar outros temas, como neonazismo, assédio sexual e striptease masculino (que promete ser a parte cômica do folhetim).

Dirigida por Edgar Miranda, “Vitória” é uma das grandes apostas da Rede Record para 2014. Investimentos não foram poupados, e as primeiras cenas – se nada mudar – serão gravadas em Curaçau, no Caribe. Agora é esperar a expectativa da estreia e torcer pela emissora estabilizar o folhetim em horário fixo, para que o público não perca o interesse. Seria lamentável ver mais uma trama patinar na audiência, afinal, boa repercussão é garantia de novas produções, mais opções para o público e rebuliço no mercado para os profissionais da área. A emissora deposita suas fichas no sucesso da nova trama, principalmente por tratar-se de autoria de Cristiane, responsável pelo último êxito da dramaturgia do canal, “Vidas em Jogo”. É esperar para ver se “Vitória” terá, literalmente, muitas vitórias.

http://www.recordistas.net/2014/05/vitoria-nova-superproducao-da-record.html

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Milagres de Jesus - A nova Minissérie da Record


A minissérie da Record estreiou na noite da quarta-feira (22/01), às 21h45, e promete ser mais um marco na dramaturgia épica da casa.
Com 18 episódios, a historia foi escrita a cinco mãos: Vivian de Oliveira, Renato Modesto, Maria Cláudia Oliveira, Camilo Pellegrini e Paula Richard e será vivido por mais de 160 artistas, que encenaram no Paraná e no Piauí. A superprodução vai apresentar as grandes histórias de Cristo que retratam a dor e as transformações das pessoas. O novo roteiro épico procurou valorizar os sentimentos religiosos e os apegos à família. 
Segundo os autores, os protagonistas da trama serão as pessoas que receberam os milagres de Jesus. O quinteto defende a tese de que o maior desafio foi escrever temas sobre pessoas comuns que passaram por problemas e receberam o milagre. Explicam ainda,  que apesar dos protagonistas serem aqueles que foram agraciados pelos feitos divinos, a Bíblia não será mera coadjuvante, muito pelo contrário, a intenção é destacar que experiências do passado ainda continuam muito atuais, tais como nas páginas das Escrituras Sagradas.
Tanto é que, no telefilme Milagres de Jesus será possível sabermos um pouco mais sobre "A Pesca Maravilhosa", "A Mulher Encurvada", "O Leproso de Genesaré", "O Endemoniado de Gerasa" e "A Cura do Servo do Centurião", entre outros. O diferencial nesse trabalho também será o fato de que a cada episódio, haverá um protagonista. A emissora, no entanto, quer manter o segredo em torno da imagem de Jesus.  A ideia é, sempre que o filho de Deus surja na tela, seu rosto permaneça fora do plano. Dessa maneira, além de não se envolver em controvérsias quanto à aparência do ícone religioso, tão discutida hoje em inúmeros estudos, a produção manterá o mistério em torno do responsável pelos sucessivos milagres contados na história. A informação é confirmada pela assessoria da Record.
Na coletiva de imprensa, no dia 16, no Recnov, no Rio de Janeiro – autores e diretores situavam o público sobre o que será veiculado na tela da Record, no próximo dia 22. Todos os episódios têm início, meio e fim. São 18 telefilmes, mas as histórias de cada um se complementam e conseguem manter a mesma cara.
O diretor geral da minissérie, João Camargo, ressaltou que é preciso ousadia para por em prática um projeto como este. “Ousadia, porque a gente já tem o resultado das minisséries bíblicas anteriores e são todos muito positivos. Um novo trabalho é sempre desafiador.”
Vivian de Oliveira, uma das autoras, contou que Jesus não aparecerá nos telefilmes porque mais importante é mostrar o que ele fez para cada pessoa agraciada pelo milagre. Disse ainda, que “foi maravilhoso investigar o pensamento daquela época e descobrir que os conflitos humanos são os mesmos. Chorei muito escrevendo.”
Atores como Caio Junqueira, Antonio Grassi, Gracindo Jr., Janaína Moura, Valéria Alencar, Milhem Cortaz, Marcella Muniz, Micael Borges, Juliana Xavier, Gabriel Gracindo, Giuseppe Oristanio, Bruno Ferrari, Antonio Grassi, Mauricio Ribeiro, Rodrigo Vidigal, Erick Maximiano e Cassio Pandolfi, Ester Góes, Thierry Figueira, Bemvindo Sequeira, Paulo Gorgulho, Rafaela Mandelli, Beth Goulart, José Dumont, Micael Borges, Petrônio Gontijo, Jonas Bloch, Flávia Monteiro, Julianne Trevisol, Marcello Escorel, Francisca Queiroz e Roberto Bomtempo integram o elenco.
Em sua quarta minissérie no segmento épico, a Record aposta em mais uma superprodução. É assistir para conferir! 

Amor e Morte, no fim de ano da RECORD!

Marcílio Moraes - autor, ladeado do elenco e equipe de apoio
Confira a análise da especialista em telenovelas Helena Vitória, sobre o especial de fim de ano da Record.
Calma! Não há nada de assustador nesse título, muito pelo contrário. A emissora vai trabalhar duas grandes fases da vida, tomando como tema o Amor e assunto, a Morte. Não é de hoje que o amor e a morte são o foco da inquietação da humanidade. Entendê-los tem sido um grande desafio para diferentes culturas, bem como também é distinta a forma como, no curso da história, o olhar artístico tem tentado desvendar-lhes os maiores segredos.
Nesse fim de ano, a Record quer surpreender os telespectadores com o intrigante telefilme O Amor e a Morte. O texto promete ser mais um clássico na galeria de bons trabalhos da emissora. Assinado por Marcílio Moraes, um veterano da teledramaturgia brasileira, O Amor e a Morte, segundo o próprio autor, baseia-se em quatro contos de Thomas Mann: A Morte, Desejo de Felicidade, A Queda e Anedota, que guardam um traço de ironia sutil do autor, muito presente nesses textos.
Não foi por acaso a escolha. Marcílio Moraes homenageia os 150 anos da presença alemã no Brasil, mostrando a relevância da cultura desse povo e de sua influência não só em terras brasileiras, mas também em todo o mundo, por meio de uma temática que propõe um olhar mais atento sobre o ser humano. Outro fator decisivo para que Moraes se voltasse para Thomas Mann está na biografia desse grande nome da literatura alemã: sua mãe era brasileira, nascida em Paraty, Rio de Janeiro.
Com esse trabalho, o autor pretende ousar. Essa é uma característica peculiar em sua escrita extremamente fina. Além de Mann, outro nome alemão que faz parte da seleção para O Amor e a Morte é Bertolt Brecht. Marcílio, em seu site afirma: “Mantive uma construção épica, mas deixando as cenas mergulharem em um tom dramático, transportando o telespectador para dentro da ação e não contrapondo o telespectador a ela. Como fazia Brecht”.
O especial chega “grande” na tela da Record, não deixando nenhuma dúvida sobre para que veio. Com um reduzido elenco de veteranos na TV, cuidadosamente selecionados estão Adriana Garambone, Floriano Peixoto, Giuseppe Oristanio, Gabriel Gracindo e Thelmo Fernandes. A direção é de Marco Altberg.
A história começa com um misterioso convite feito por Henrique (Floriano Peixoto), protagonista da história. Ele reúne seus amigos para contar-lhes que tem certeza de que sua morte será no dia seguinte, 13 de outubro de 2013. Ele afirma que sabe disso há mais de 20 anos. Assim, como não poderia deixar de ser, o amor e a morte passam a ser a pauta do encontro. Seus amigos, a fim de fazê-lo esquecer sua data agendada de morte, começam suas narrativas envolvendo esses temas. Isso nos remete também à Sherazade em As mil e uma noites, que, para evitar a própria morte, passa a contar histórias para o seu marido, o sultão.
No entanto, ao contrário do que se possa pensar, Marcílio garante que não há nada de mórbido mesclado à história. O encontro é apenas uma forma de encarar os fatos e falar deles. O anfitrião tem certeza de que vai morrer e quer comunicar isso aos amigos. A revelação, sem caráter traumático, também servirá para que os convidados possam refletir sobre suas vidas e seus amores.
A história não explica nada de maneira convencional, ou seja, por onde ele esteve durante sua ausência, o que pretende desenterrar com tal revelação, enfim. Tudo é um profundo e ardiloso mistério, como as águas turvas de um lago. Esse drama, podemos assim chamá-lo, cheio de climas e resumidos diálogos poderá ser conferido nesta sexta-feira, dia 20, às 00h15, marcando o fim de ano da Record, disso não se pode ter dúvidas!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Record promete e cumpre com “Pecado Mortal”!

A nova superprodução da Record”! Foi assim que a novela “Pecado Mortal” estava sendo divulgada nos últimos dias e, não deixou a desejar no capítulo de estreia desta quarta-feira, dia 25. Muito pelo contrário, a trama ambientada nos anos 70, traz um frescor de “novidade” e tem tudo para garantir boa audiência para o horário das 22h30m novamente.
A novela é gravada no Rio de Janeiro e sua primeira fase registra fatos da década de 40. A trama é de autoria de Carlos Lombardi, que migrou para a Record após ter escrito grandes sucessos na Rede Globo como Vereda Tropical, Bebê a Bordo, Quatro por Quatro, Vira Lata, Uga Uga, Perigosas Peruas, O Quinto dos Infernos, Coração de Estudante, Kubanakan, Pé na Jaca, Bang Bang, dentre outras Segundo Lombardi, a inspiração de Pecado Mortal veio a partir da curiosidade em saber como foi originado o momento das “repúblicas independentes”, mas promete não tratar a época de forma didática e nem compará-la a uma “comédia-opereta de costumes nacionais”, mas, incorporá-la a um painel da sociedade brasileira, caracterizado pela heterogeneidade e hibridismo. O texto abordará a liberdade sexual, as drogas e o jogo do bicho.
A direção fica por conta do competente Alexandre Avancini que já trabalhou com o autor em outras produções, além de ter dirigido excelentes tramas na Record como Prova de Amor, a trilogia Os Mutantes, Vidas em Jogo e a minissérie épica José do Egito. Já no primeiro capítulo, visualizamos a sintonia entre texto e direção, onde a execução das cenas de ação propostas no enredo foi realizada com brilhantismo e muita veracidade.
O elenco, mesmo apresentando alguns rostos poucos conhecidos, fez bonito à primeira vista. Os veteranos também estavam lá. Destaque para Betty Lago, Heitor Martinez, Jussara Freire, Denise Del Vecchio, Andréa Avancini, Paloma Duarte, Simone Spoladore, Fernando Pavão, Luiz Guilherme, dentre outros, que com suas interpretações contribuirão para o desenrolar dos fios desse novelo nos próximos meses.
O primeiro capítulo começou com um prólogo sensacional de vinte minutos. A cena é desenrolada no ano de 1941, onde acontecem duas mortes e um nascimento. Sendo esses fatos os “pecados” que justificam o nome da novela. As participações especiais de Gracindo Júnior, na pele do poderoso bicheiro “Cebolão”, que mata o próprio filho, deixa a pergunta: “seu pecado mortal terá perdão?!” e da “pequena” notável Maytê Piragibe, que brilhou como Donana quando jovem. Rapidamente a trama pula para o ano de 1977. A reconstituição de época e caracterização das personagens ficou bem interessante e convenceram o público. A fotografia da novela é colorida e bem vintage. Cenas sensuais e os descamisados são corriqueiros na carreira do autor e já deu pra perceber que não irão faltar as sequências de ação e muito humor. Mas em Pecado Mortal como já anunciado pelo autor, a comicidade será menor em detrimento das cenas de ação, violência e drama.
Vale destacar a trilha sonora alegre, vibrante e bem selecionada com grandes clássicos dos anos 70. As músicas instrumentais funcionaram bem em todas as cenas.
A trama repercutiu muito no Twitter nesse primeiro capítulo e foi parar nos Trending Topics com muitos elogios, reforçando o que já é sabido: “a novela é um produto de aceitação absoluta, no Brasil e no mundo” e as redes sociais comprovam tal teoria. O folhetim empolgou os internautas que acompanharam a estreia. A audiência prévia da novela registrou 11 pontos, superando suas antecessoras Balacobaco que historiou 8 e Dona xepa 9, em suas estreias.
Já deu pra notar que será um pecado mortal ficar fora dessa superprodução. Então, não perca os próximos capítulos!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Nosso Entrevistado, Rodrigo Faour!

Rodrigo Faour ladeado por seu imensurável acervo.
Foto de Renato Aguiar

Por Helena Vitória

Será mesmo verdade que a música jamais alcança a profundidade de uma obra escrita? Pode esse julgamento ser feito com base apenas na leitura “fria” de uma letra musical? Para o pesquisador, colecionador, escritor, jornalista, produtor musical e irreverente artista inato da comunicação, Rodrigo Faour, a capacidade da música de suscitar profundas reflexões no público não pode ser medida pela superficialidade do discurso. Nesse gênero ― mais do que as palavras ―, as luzes, as imagens e a interpretação dos compositores e artistas falam direto às emoções e definem o potencial dramático de suas obras quer faladas, ouvidas, escritas ou até mesmo lidas.

O carioca Rodrigo Faour possui um arquivo pessoal com cerca de 80 mil músicas catalogadas e um vasto clipping de matérias de imprensa coletadas desde a adolescência. Ele é autor de vários títulos que merecem destaque, dentre os quais vale citar Dolores Duran – A noite e as canções de uma mulher fascinante (publicado pela Editora Record, já está em sua terceira edição, sendo considerado pelo autor seu best seller); A bossa sexy e romântica de Claudette Soares (Ed. Imprensa Oficial/SP); Bastidores – Cauby Peixoto: 50 Anos da voz e do mito (Ed. Record, 2001);  Revista do Rádio – Cultura, fuxicos e moral nos Anos Dourados (Ed. Relume Dumará, 2002); História sexual da MPB – A evolução do amor e do sexo na canção brasileira (Ed. Record, 2006);

Suas pesquisas talvez possam ser definidas como um mosaico, ou ainda, um amplo resgate sonoro movido por paixão pela música popular brasileira. São mais de 500 discos, entre reedições e coletâneas, que foram produzidos desde muito cedo. Ele é hoje uma referência na cena artística brasileira. Mal finaliza um trabalho, e já está com outro prontinho para nos presentear. Recentemente, o artista dirigiu o irreverente Ney Matogrosso e a nova roqueira Marília Bessy no show Infernynho. Tal preciosidade poderá ser conferida em primeiríssima mão em CD e DVD a partir do mês de setembro.

Na data de 25 de julho, em que se comemora o dia do escritor, o blog euemeusamigosimortais entrevista Faour. Ele, que sempre desvenda para nós a história sexual da Musica Popular Brasileira, no Canal Brasil, todos os domingos, às 21h, nessa matéria revelará alguns “segredos sexuais” de Rodrigo Faour, além de se fazer conhecer um pouco mais em versos e prosas.  Com uma entrevista bombástica dessas, quem ganha é sempre você!

Blog:  Quando você começou a pesquisar e a escrever sobre o universo da música brasileira? É um exercício de otimismo?

Rodrigo Faour: Ainda pequeno me interessei sobre MPB desde que minha mãe me mostrou seus primeiros LPs e K7s. Já me apaixonei por Gal, Rita Lee, Beth Carvalho, Chico, Bethânia, Simone... desde cedo, aos 6, 7, 8 anos. Aos 13, comecei a colecionar matérias de jornal dos meus artistas favoritos. Daí me formei jornalista aos 21. Mas na escola e na faculdade já era tido como especialista, ainda que fosse apenas um grande interessado no assunto. O resto foi decorrência.

Seu livro, Dolores Duran – A noite e as canções de uma mulher fascinante, já está em sua terceira edição, sendo considerado por você seu best seller. Fale um pouco da concepção dessa literatura. Você acreditou que o livro teria tão longo alcance para chegar a uma terceira edição?

Jamais imaginei. Sabia que era uma personagem querida do público, pois seu nome é muito forte e tudo que levou sua assinatura nos últimos 50 anos obteve sucesso (peça musical, LPs, CDs, especiais de TV, shows-tributo etc), tanto que ao final da pesquisa descobri que ela é até hoje nossa compositora mulher mais regravada da MPB, mais até que Rita Lee. São cerca de 850 regravações de sua pequeníssima obra que soma apenas 35 canções, das quais apenas a metade é de fato conhecida, mas muito amada pelo público. Acontece que a história da personagem era quase que totalmente desconhecida das pessoas, e não imaginei que esta sua história em si suscitasse tamanha curiosidade. Mas, de fato, ela é sensacional e merecia ser contada.

Na época do lançamento do livro da Dolores, você produziu dois grandes shows com um total de 15 artistas, no eixo Rio X São Paulo. Como foi conciliar a vida de produtor musical com a de apresentador, jornalista...?

A música popular brasileira é a minha água, então apesar dos percalços eu não consigo fazer outra coisa. Mas, de fato, é um tour de force, pois para os projetos ousados que eu gosto de me lançar nem sempre é fácil obter patrocínio. Acabo tendo de investir o pouco do que ganho no meu próprio trabalho. Hoje o que faz sucesso na música brasileira é no geral popularesco ou então na base da imitação do que já foi feito, com certo grau de pretensão. Para se mostrar os verdadeiros bons artistas novos e os veteranos que ainda batem um bolão temos que rebolar muito.

Seu segundo livro, Revista do Rádio - Cultura, fuxicos e moral nos anos dourados, fala sobre músicas e comportamentos. Quais os comportamentos que você retrata e quem são as “vítimas” ali mencionadas?

A cultura de massa do século XX explode nessa fase áurea do rádio, em que as revistas de fofocas faziam algo muito semelhante ao que as Caras, Quem, etc, fazem hoje. Este mesmo interesse pela cultura das celebridades que existe hoje começa a explodir no Brasil dos anos 50. A diferença é que naquela época, de uma forma geral, as celebridades em si eram mais talentosas, e não havia tanto esse negócio da celebridade pela celebridade. O sujeito para ser famoso era preciso ser bom em alguma coisa. Hoje não, como bem retratou Woody Allen em seu filme “Para Roma, com amor”.

É mito ou verdade que a era do rádio foi considerada uma fase conflituosa para os artistas envolvidos com o veículo? Pegando o gancho desse livro, fale um pouco da relação dele com a biografia Bastidores: Cauby Peixoto, 50 anos da voz e do mito; e com o musical Cauby! Cauby!.

Conflituosa? Não havia nada de conflituoso. Artistas como Cauby Peixoto foram os verdadeiros pop stars de seu tempo, com direito a rasgação de roupa, filas em torno de seus carros, hotéis, apartamentos e saídas de programas de rádio, da TV (ainda em seu início, no Brasil) e shows em praças e cinemas. Cauby foi o primeiro ídolo criado com as artimanhas do marketing, boladas pelo seu espertíssimo empresário Di Veras que trouxe um know how americano para potencializar as qualidades que ele já sabia que Cauby tinha, ou seja, uma voz esplendorosa, um belo porte e um grande carisma. Só lhe faltavam um banho de loja e um empurrãozinho com notas apelativas na imprensa e um repertório popular. E foi isso que ele proporcionou, fazendo com que em seis meses seu pupilo se tornasse o maior cantor do Brasil. Este foi meu primeiro livro, realizado em 2001, que puxou um cordão de homenagens em torno dele, inclusive o musical, totalmente inspirado nele.

Seu trabalho pauta-se em música & comportamento. Essa dupla visão representa, em termos de comunicação, a possibilidade de integração da personalidade humana, formando um todo harmônico. Pode-se fazer essa leitura ao ouvir uma letra da música popular brasileira?

Lógico que sim. Não consigo conceber meu trabalho apenas festejando ou bajulando os artistas que eu gosto, por melhor que eles sejam. Inconscientemente, no princípio, eu já me interessava pelos que tinham algo de relevante a me dizer, por suas posturas – no palco ou fora dele –, pelo rigor com o repertório, pelas letras que cantavam ou pela originalidade em várias frentes (voz, comunicação com o público, como se mostravam no palco, nas capas de disco etc). Com o tempo, percebi que o que me atraía também era a relação dos mesmos com seu tempo, ou seja, como traduziam seu tempo e nos passava por meio de suas canções numa via de mão dupla: pegavam o que estava no ar e passavam pra gente, ou então, de modo transgressor, anteviam o que estava na vanguarda e já jogavam pra gente, que de alguma maneira, influenciava nossa visão de mundo, através de suas letras, danças e posturas artísticas. Em tudo que eu faço em termos de música, o enfoque sócio-comportamental e também o sexual me interessam muito porque a música brasileira é uma das marcas culturais mais fortes do brasileiro, portanto, tudo o que se passa em nossa sociedade está sublinhado na música. E todos nós vivemos sob as rédeas de nossas convenções culturais.

Como você define a onipresença do amor e do sexo nas letras das músicas brasileiras? Explique como isso ocorre e qual o compositor que conseguiu fazer essa junção na maioria das letras de suas músicas?

O povo brasileiro sempre teve um apelo sexual muito forte por conta até do clima tropical que existe em nosso país. Mas por causa da repressão religiosa e outros elementos culturais isto nem sempre pôde ser tão exposto como ele gostaria em nossas letras e danças. Em meu livro “História sexual da MPB” tudo está bem esmiuçado. Muitos autores e intérpretes conseguiram traduzir bem estes temas. De Domingos Caldas Barbosa a Noel Rosa. De Wando e Odair José a Rita Lee e Roberto. De Martinho da Vila a Genival Lacerda e MC Valesca Popozuda. De Marina Lima & Antonio Cícero e Frejat & Cazuza a Chico, Caetano, Gil, João Bosco & Aldir Blanc, Ivan Lins & Vitor Martins, Gonzaguinha, Fátima Guedes, Leci Brandão... De Bahiano (que gravava na Casa Edson, no início do século passado) a Menescal & Bôscoli, Tom & Vinicius, Roberto & Erasmo. Uma lista sem fim.

Como nasceu ou foi concebido o projeto televisivo do Canal Brasil, História sexual da MPB? O programa é a materialização do seu livro História sexual da MPB – A evolução do amor e do sexo na canção brasileira? 

Propus ao diretor do Canal Brasil, o meu querido Paulo Mendonça, que eu pudesse fazer um programa de TV ali. Ele topou, querendo justamente que eu bolasse algo em torno do meu livro. Daí eu quis fazer uma versão televisiva do mesmo em forma de minidocumentários sobre o essencial de cada um de seus capítulos. Como já havia dado certo no rádio – fiz por três anos o programa “Sexo MPB”, na MPB FM, triplicando a audiência da emissora, nas madrugadas –, senti que poderia dar pé também na TV. E deu. Já está na terceira temporada. As primeiras foram temáticas, agora cada programa enfoca a obra de um personagem desta história.

Movido por paixão, você se transformou em um colecionador singular de grandes nomes da MPB. Quanto à sua produção musical, consta uma pilha de discos entre reedições, trabalhos inéditos e compilações. Ao longo dos anos, como colecionador e produtor musical, foram quantos LP’s? São tantos que já perdeu as contas? Uma curiosidade: quem colaborou com o primeiro vinil da coleção?

Quem colaborou foi minha mãe, afinal, me apossei de sua pequena coleção de vinis e incorporei à minha. O resto foi fruto de uma grande paixão numa fase pré-internet em que realmente ter acesso a músicas do passado só comprando discos mesmo. E até hoje nada substitui você ter os objetos – vinil e CD – para entender a música além da música: ou seja, como ela foi vendida, como era a capa, quem tocava... tudo isto também é relevante para se entender o impacto da obra de um artista na sociedade pré-Internet. Não perdi a conta do que tenho, pois tudo que entra aqui vai logo sendo catalogado. Hoje tenho mais de 80 mil canções catalogadas no meu computador.

Li recentemente na Veja uma matéria assinada por Lya Luft e nela havia a seguinte frase: “Boas memórias não têm preço, porque nada custam ao nosso bolso, ninguém as pode roubar, e nada no mundo poderia pagar por elas”. O Brasil é classificado como país de memória fraca. Você acredita que, com seu trabalho de pesquisa, o registro detalhado em cada uma de suas obras poderá contribuir para manter viva a história da música popular brasileira? De que forma?

Faço a minha parte. A concorrência hoje com a superficialidade, com as bobagens de pseudocelebridades, com o lixo cultural é muito forte. Um pouquinho de lixo faz parte e nos ajuda a entender também o nosso tempo, mas APENAS isso é muito ruim. No caso da música, hoje somos privados de ouvir uma música um pouco menos popularesca em qualquer lugar que a gente vá, pois nas rádios só há lugar para dois ou três estilos musicais da moda impingida, e a TV não tem mais espaço para música (como já teve no passado) – principalmente estilos musicais que não estejam muito massificados. Então, me resta fazer meus livros, programas de rádio, TV, CDs, DVDs, palestras etc e tentar influenciar o maior número possível de pessoas dentro do espaço que me cabe. Meu consolo é que todo mundo que tem contato com algum dos meus trabalhos sempre fica freguês.

O pernambucano Dominguinhos recebeu, recentemente, justa homenagem da Universal Music em coletânea dupla intitulada Dominguinhos é de todos, com seleção de repertório promovida por Faour, além de uma breve biografia do músico, que você também assinou. Como foi presentear o público de Dominguinhos com essa preciosidade?

Na verdade, produzi esse CD duplo “Dominguinhos é de todos” (lançado em junho) a convite de Alice Soares, do marketing estratégico da Universal. Como ele estava enfrentando um sério problema de saúde, achamos que seria uma ótima oportunidade para as pessoas (re)descobrirem o grande compositor, intérprete e músico que ele sempre foi, entre o sofisticado e o popular. Muitas canções dele são famosas nas vozes de grandes cantores e não sabemos que são de sua autoria. Este CD duplo tenta corrigir esta injustiça.  Felizmente conseguimos homenageá-lo ainda em vida.

O que você leva do Rodrigo Faour para cada novo trabalho? 

Sou uma pessoa que busca se autoconhecer a cada dia, que busca melhorar o mundo, que detesta superficialidade, mas também odeia abordagens “intelectualóides” pretensiosas. Sou irreverente e penso que devemos olhar o mundo sempre com um pouco de pé atrás e sem se levar a sério demais, porém, sem mesmice, sem vulgaridade, sem ser raso. Este é meu temperamento e tudo que faço tem muito de mim. Não entro em nenhum trabalho sem paixão. O que eu levo do Rodrigo Faour a cada trabalho? Levo o meu tesão. E ele é bem grande! (risos)

Saiba mais sobre esse menino prodígio acessando: http://rodrigofaour.com.br/blog/ 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dona Xepa, de volta aos bons tempos!

Por Helena Vitória

A nova novela da Record estreou na noite desta terça-feira (21), e chegou com ares de super produção. 

Com astros de primeira linha e cuidados de superprodução, a nova atração das 22h15, da Record, trouxe para o horário nobre a temática urbana e tem tudo para se tornar um marco na história da teledramaturgia. A novela Dona Xepa, inspirada na peça homônima de Pedro Bloch, bem no estilo viagem pela literatura, nos permite reviver os bons tempos das leituras clássicas. O folhetim tem a assinatura de Gustavo Reiz –  que traz em seu currículo tramas como Os Ricos Também Choram (SBT), Luz do Sol, Sansão e Dalila e colaborou no seriado Fora de Controle –  de Marcílio Moraes, todas na Record. 
A direção está sob a responsabilidade do experiente Ivan Zettel, que já mostrou o que pretende fazer durante os noventa e seis capítulos da trama. É isso mesmo! A nova novela já está na proposta do novo formato da emissora que é fazer novelas mais curtas. Com o objetivo de dar mais veracidade às cenas, optou-se por gravar o folhetim em São Paulo, no universo da feira livre, recurso que funciona bem em uma história dramatúrgica.
Com mais essa produção, a emissora pretende comprovar que a teledramaturgia da casa veio para ficar e se fortalece a cada produção. Justamente por isso, escalou nomes de primeiríssima linha para dar vida aos personagens de Dona Xepa, entre eles, Ângela Leal, Thais Fersoza, Arthur Aguiar, Alessandra Loyola, José Dumont, Luiza Tomé, Mauricio Mattar, Marcio Kieling, Ítala Nandi, Angelina Muniz,Giuseppe Oristânio, Bemvindo Siqueira, Bia Montez, Manoelita Lustosa, dentre outros nomes.
Engana-se, no entanto, quem imagina que esse elenco estelar é a única arma da emissora carioca para continuar mantendo o glamour do horário “nobre”. Nada disso! A Record não economizou nos detalhes que transformam uma simples novela num sucesso inesquecível. A linguagem das tramas se modernizou. “O timing ficou mais cinematográfico”.
Já no primeiro capítulo da trama, deu para traçar um retrato fiel da personagem e da realidade brasileira. Trata-se de uma história atemporal sobre o amor de uma mãe pelos filhos. Nem pobre, nem rica, é uma mulher batalhadora, cheia de orgulho de ser uma pessoa honesta, totalmente do bem. O principal traço de sua personalidade é firmeza e caráter. Ela faz de tudo para dar o melhor em termos de educação e conforto aos filhos. Apesar da mulher forte e segura que é, Xepa entra em choque ao perceber que os filhos Edison e Rosália têm vergonha do seu jeito “grosseiro” de ser. A diferença de mentalidade entre eles vai originar muitos conflitos, que serão o suspense da história.
Também já foi possível observar que barracos, conflitos familiares, ambição, inveja e muito humor serão ingredientes diários nessa nova produção.