segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fabrício e Helena GANDINI

O blog “Eu e meus amigos imortais” registra aqui uma parceria que deu e ainda dá certo. Eles são amigos de longa data e estão sempre unidos: Fabrício Gandini e Helena Vitória. Gandini é formado em direito, mestrado em gestão de cidades e vereador pelo PPS no município de Vitória e Helena é atriz e jornalista. Eles trabalham juntos há nove anos e, acreditam no sucesso um do outro. Por isso, tal cumplicidade.

Helena revela que não esperava, mas se flagrou vivendo política 24 horas por dia, por conta do amigo. E o assessora politicamente agendando seus compromissos parlamentares e pessoais. Segundo ela, não é fácil conciliar suas agendas. E confessa ainda que, uma agenda parlamentar oscila quase como uma pauta jornalística. Às vezes, coincide de no mesmo dia e horário de um compromisso, surgirem outros tantos eventos que seria bom ele estar presente também. Por tratar-se de uma única pessoa, ela tenta conciliar que o vereador dê uma 'passadinha', se não em todos, em alguns deles.

Gandini (fabriciogandini.com.br) afirma que contar com a assessoria de Helena é fundamental no seu mandato, pois, construíram juntos uma plataforma de trabalho que, seria difícil desvincular uma coisa da outra. O parlamentar acrescenta ainda que, por ela ser atriz e viver a vida como se estivesse sempre em cena, contribui para encher de alegria o palco da sua vida.

Helena confessa que cuida dele como se fosse um irmão mais novo. Sua preocupação com o amigo, vai além dos compromissos de trabalho. Ela procura manter seu bem estar em todos os aspectos do cotidiano, evitando estressá-lo com situações que podem ser resolvidas sem envolvê-lo. “Boas amizades servem para isso também: preservar o outro”, afirma.

Como em todos os relacionamentos, o de amizade também não foge à regra. E, às vezes, nem tudo são flores entre esses grandes amigos. Quando os dois têm opiniões contrárias, o clima esquenta e eles quebram regras, discutindo. Porém, nada que os façam perderem a compostura. Para eles, as divergências servem como bússola para medirem o tempo de pararem e focarem no bom andamento do ambiente de trabalho.

Às vésperas do dia do amigo, 20 de julho, eles deixam registrado que “amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito... Dentro do coração...”. Assim canta Milton Nascimento.



Foto: Cerimonial Gazebo - 09/07/2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nosso Entrevistado, Marcílio Moraes!

Por Helena Vitória

O drama da existência humana, a provável influência das ideias pessimistas de vários escritores dos séculos passados, o desejo do homem de fugir da realidade, o mal-estar trazido pelo capitalismo, às vezes, é daí que artistas de diversas áreas e autores da contemporaneidade costumam buscar suas inspirações. Será?

O blog “Eu e meus amigos imortais ” abre aqui um espaço para bate papo e o faz no propósito de promover a aproximação e a troca de ideia. Assim, é possível conhecer melhor quem é de casa. Nosso entrevistado é o professor,escritor, jornalista, dramaturgo, crítico de teatro e roteirista Marcílio Moraes. Em sua trajetória no universo da irrealidade, escreveu inúmeros trabalhos ao lado de mestres como Dias Gomes, Euclydes Marinho, Leonor Basséres e muitos outros. Na galeria de suas assinaturas, destaque para: Roque Santeiro, Roda de Fogo, Mandala, Sonho Meu, As Noivas de Copacabana e Chiquinha Gonzaga, na TV Globo. Vale ainda lembrar de Essas Mulheres, Vidas Opostas, A Lei e o Crime e Ribeirão do Tempo, na Record.

Esse fluminense de Petrópolis começou escrevendo revistas de bangue-bangue para serem vendidas em bancas de revistas, lá pela década de 70. Talvez, nessa época, não imaginava a dimensão do longo alcance que seu trabalho teria. É um escritor muito conhecido no universo da ficção, que transita bem pela nossa realidade. A trajetória de suas obras parte da consciência, destacando-se a narrativa conflituosa entre familiares, instigando o drama existencial. Não sabemos se ele também inspirou-se em alguma das fragmentações humanas mencionadas na abertura dessa matéria para contextualizar seus inúmeros trabalhos. Na conversa com esse profissional, que é ousado em suas escritas, os “amigos imortais” exalta a dramaturgia brasileira, analisando os muitos gêneros que permeiam sua linguagem.

Blog - Escrever uma trama é sempre um desafio?
Marcílio Moraes
- Depende da proposta. Se você quer simplesmente repetir as fórmulas, nem chega a ser um desafio. Mas se quer tentar algo novo, aí é desafio mesmo, porque a telenovela é cruel com os erros de cálculo. O público vai embora.

Você tem preferência por escrever minissérie ou novelas?
Eu prefiro a minissérie, porque é um produto mais sofisticado em termos de dramaturgia. Também gosto das novelas, com a ressalva de que às vezes se estendem demais.

Qual a diferença entre os dois estilos?
Na minissérie, o autor tem a oportunidade de desenvolver uma dramaturgia mais apurada, porque, em geral, é uma obra fechada, ou seja, você escreve todos os capítulos antes da gravação. E também são poucos capítulos, permitindo ação mais condensada e eficaz. A novela exige uma dramaturgia diferente, por causa do tamanho, o que às vezes leva ao esgarçamento das tramas. A minissérie é um estilo de concisão, enquanto a novela é o reino da prolixidade.

Vocês autores se cobram e se sentem cobrados a fazerem coisas cada vez mais criativas?
Todo autor, creio eu, almeja sempre fazer obras originais, mais criativas que as antecessoras. Nem sempre consegue. É difícil acertar integralmente, em especial quando se tenta inovar. Daí, a tentação de repetir o que já deu certo outras vezes.

Em sua opinião, o que falta hoje na TV brasileira?
Em termos de dramaturgia, faltam tramas mais críticas. Há muita repetição e pouco apelo à inteligência dos espectadores.

E o que sobra?
Também em termos de dramaturgia, que é o terreno em discussão, sobra o rame-rame de sempre, a repetição de fórmulas, o deja-vú.

O Brasil é mesmo o país das telenovelas? Como explicar essa paixão do brasileiro?
Realmente somos o país das telenovelas. Alguns anos atrás, escrevi um artigo para o Estado de São Paulo chamado O país do folhetim: ttp://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=318ASP013 . Não creio que exista outro lugar em que todo o horário nobre da principal, quase monopolista rede de TV, seja ocupado por telenovelas. A TV Globo dominou a programação com este modelo. Hoje em dia é difícil escapar da chamada "programação horizontal". Concorrer com uma telenovela com outro tipo de programa é extremamente difícil, porque a novela está ali todo dia, durante meses, trabalhando com as técnicas folhetinescas sobre a curiosidade e também sobre a acomodação do público.

Você costuma viajar pela ficção como se fosse essa a realidade que a sociedade busca?
Não. Minha postura é sempre irônica e crítica. Gosto mais de tirar o chão do espectador do que oferecer um universo ficcional em que se sinta confortável.

Existe algum texto seu que, por um motivo ou outro, tenha sido engavetado? Existem alguns. Desde textos teatrais proibidos pela censura no passado a sinopses de novelas que não foram aceitas.

Ao acompanhar suas obras, percebe-se uma linguagem bem coloquial e irônica. A base disso está no cotidiano?
A novela tem que ter sempre uma linguagem próxima do coloquial. Quanto à ironia, acho que é minha marca registrada.

Do seu recente trabalho, “Ribeirão do Tempo”, qual foi o ponto de partida da pesquisa para a composição dos núcleos e dos personagens?
O ponto de partida? Difícil dizer. Não houve propriamente uma pesquisa. Eu quis construir uma cidade pequena, com tipos brasileiros, mais ou menos inspirados em pessoas que conheci ao longo da vida, mas sem nenhum compromisso de semelhança. E aí, a história, os núcleos e os personagens foram tomando vida. Inseri na trama os esportes radicais de que gosto e, brinquei com a cachaça porque sempre apreciei essa bebida.

Às vezes parece que é ficção e, de repente, vemos situações corriqueiras que nos cercam no dia a dia. É esta a proposta de Ribeirão do Tempo?
Não é a proposta. Como disse, não tive nenhuma preocupação com verossimilhança. Mas é bom quando acontece, ou seja, quando o espectador reconhece uma situação corriqueira naquilo que saiu unicamente da minha imaginação. O que não é de espantar, porque eu vivo no mesmo mundo do público.

O que você leva do Marcílio Moraes para os seus textos?
Acima de tudo, minha visão irônica da vida. Eu acredito que a vida não pode ser integralmente levada a sério. Pessoas que se levam muito a sério, frequentemente são perigosas. Por isso, meus personagens, a toda hora, se veem lembrados de que não são tão bacanas quanto se imaginam. Tiro humor disso.

Foto: Acervo do entrevistado

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mais um fim de ano!

Por Helena Vitória



E, com ele, a reposição de energias, a reflexão sobre antigos comportamentos, a comemoração de vitórias, a mudança de formas de pensar, a vontade de ser melhor, a renovação da esperança no futuro, o estabelecimento de novos objetivos e sonhos, e a crença de que todos serão concretizados. O término de um ano e o início do outro é separado somente por um instante. Um segundo atrás, 2010; no seguinte, 2011. Mas esse momento, para grande parte das pessoas, é especial, pois representa uma série de novas possibilidades... A vida é feita de etapas e a minha não poderia ser diferente. Em 2010 eu alcancei vitórias que aos olhos humanos pareciam impossíveis. Venci medos, superei mitos, e cheguei ao meu objetivo, apostando no invisível como descreve “Hebreus”, um dos livros bíblico no capítulo 11.

Apesar das comemorações natalinas me deprimirem e eu prefirir o silêncio, um cantinho e um violão, ainda assim, meu desejo é que tudo que aconteceu (de bom ou ruim) com você no ano que se finda, possa de alguma forma te ajudar a refletir e caminhar para um 2011 cheio de amor.

Eu acredito no amor. Quero e preciso ser feliz. Boas festas queridos amigos!

domingo, 19 de setembro de 2010

Helena Vitória, Parabéns!!!


Dia 09 de setembro, aniversário de Helena Vitória!!!! A aniversariante comemorou em grande estilo: junto aos "amigos imortais", é claro! Tudo que esta figura viveu no seu dia majestoso, pode ser definido na composição do Milton Nascimento, que tem tudo a ver com seu blog. É um tributo aos amigos. Aos que estão próximos e, àqueles que estão milhas e milhas de distância, na estrada, assim como ela...


“Nada será como antes” - Milton Nascimento


“Eu já estou com o pé nessa estrada Qualquer dia a gente se vê Sei que nada será como antes, amanhã Que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você? Alvoroço em meu coração Amanhã ou depois de amanhã Resistindo na boca da noite um gosto de sol Num domingo qualquer, qualquer hora Ventania em qualquer direção Sei que nada será como antes amanhã Que notícias me dão dos amigos? Que notícias me dão de você? Sei que nada será como está Amanhã ou depois de amanhã Resistindo na boca da noite um gosto de sol”


Assista ao vídeo

terça-feira, 2 de março de 2010

Helena Vitória

Programas de televisão para Helena Maria Ferreira Luiz são, além de diversão, fonte de pesquisa. A jornalista, atriz e secretária de gabinete do vereador Fabrício Gandini, coleciona conteúdos da dramaturgia brasileira como novelas, minisséries, vídeos e revistas. O material serve de consulta para a coluna que ela mantém no site http://www.telehistoria.com.br Helena não sabe precisar a quantidade total de itens em seu acervo, mas acredita que já reuniu mais de mil revistas especializadas e cerca de 60 vídeos em VHS. Dentre as novelas que guarda estão as primeiras versões de Selva de Pedra, Irmãos Coragem e Pecado Capital.

Com um acervo assim não é de se estranhar que Helena Vitória (nome com que assina seus trabalhos), confesse que seu programa favorito é ficar em casa. “Não troco meu cantinho aconchegante por nenhuma badalação. Mas quando saio com amigos para almoçar ou jantar, gosto muito de frutos do mar. Por isso meu roteiro é sempre a Ilha das Caieiras e Restaurante Pirão (Praia do Canto)”. Para leitura, Helena Vitória indica o livro Telenovela Brasileira - História Análise e Conteúdo, de Artur da Távola. O livro mostra a capacidade da telenovela de levantar reflexões no público e de tocar-lhe diretamente as emoções. “Artur da Távola foi político e transita muito bem no meio da comunicação. É uma referência”, diz Helena. Outro livro que Helena indica e não abre mão é a Bíblia. “Uma leitura universal”, afirma ela. Fonte: Entrevista concedida à Câmara Municipal de Vitória, em fevereiro de 2010, na coluna: "Servidor Indica"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Vamos "Viver a Vida"!

Por Helena Vitória

Chegamos ao inicio de mais um ano e, com ele, muitas expectativas. O lema é: "Viver a Vida"!

Vamos seguir o conselho do Manoel Carlos e vivermos a vida com muito bom humor e, dentro das possibilidades, nos valermos de atalhos para fugirmos das dificuldades que às vezes surgem. Este é o ano da solidariedade e do amor fraternal. Quando pensar em pedir para si, peça para o outro primeiro, pois, as coisas acontecerão automaticamente a seu favor.

Dentro ainda de uma mentalidade de união e solidariedade, façamos uma prece, uma oração em favor da nossa nação e das outras também. Neste inicio de período, alguns povos terão o desafio de apredenderem a conviver com as fatalidades... A vida não é um produto de ficção, mas algo real que deve ser repensada todos os dias, para que, de fato, possamos vivê-la...

Por fim, as diversidades estarão sempre presentes no nosso dia a dia. E o amor que rege tudo e a nós os seres humanos, leva-nos a uma reflexão sobre uma cena veiculada dia 21/01 na novela "Viver a Vida" (TV Globo), com o Miguel de Mateus Solano, na qual o personagem se descobre apaixonado e se define assim: "...é um aperto no peito e uma aflição no estômago... Uma vontade de viver tudo e, ao mesmo tempo, morrer trancado num quarto. É um encantamento sem restrições... Apressado, urgente, feroz. Uma vontade de rir, chorar e estar junto o tempo todo... e mais nada."

Desejo a todos, uma vida saudável, cheia de amor fraternal, emocional e tudo o mais que Deus nos permitir. Feliz Ano Novo!




sábado, 5 de setembro de 2009

Espaço Aberto: Traços da Identidade Negra na Dramaturgia Brasileira

Por Helena Vitória

Espaço Aberto: traços da identidade negra na dramaturgia brasileira é um vídeo-documentário com 30 minutos de duração no qual priorizei a experiência como fator principal deste trabalho. É um vídeo de reflexão não só para acadêmicos, mas para todos aqueles que almejam um país e uma sociedade mais igualitária em todas as áreas. O documentário em questão apresenta depoimentos de profissionais das Artes Cênicas (Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Zézé Motta, Léa Garcia e Antônio Pitanga) que contribuíram e ainda estão dando suas contribuições para a perpetuação de uma interpretação sem cor da pele, mas medida pelo talento de suas vocações. Aplaudi-los é um ato de todos os que buscam o respeito às diferenças.
Também participou desse trabalho, o doutor e especialista em teledramaturgia, Mauro Alencar.

Como disse o jornalista Uelinton Alves, autor da biografia “Cruz e Sousa — Dante Negro do Brasil”, suas palavras valem a pena serem acrescidas a essa linha de pensamento: "... A coragem de seguir em frente sem abandonar os seus é tão grandiosa como a de vencer uma batalha..."