quarta-feira, 17 de abril de 2013
Nosso Entrevistado, Gilberto Gomes!
sábado, 29 de setembro de 2012
A Televisão completou 62 anos. Parabéns!
Mesmo em face de tantas tecnologias, a televisão tem conteúdos ficcionais mesclados à realidade, que emociona-nos com a mesma intensidade que nos aborrece. Seja pela dramaturgia ou pelas notícias diárias.
Nossa TV completa 62 anos e seu desafio ainda é o mesmo do dia 18 de setembro de 1950: "renovação constante".
sábado, 8 de setembro de 2012
Parabéns, Helena!

Domingo, 09 de setembro. Mais um aniversário. O tempo passa e com ele vamos ficando mais experientes. Uma coisa é certa: os anos servem para somar amizades e conhecimentos.
Conheci pessoas incríveis nos últimos anos. Não dá para contabilizar. A cada aniversário, uma nova experiência. Não reuni os amigos, e nem marquei nada com eles neste aniversário, porque não seria uma boa companhia. Tenho passado por problemas pessoais e profissionais, que me impedem de celebrar o momento como se deveria.
Mas, para o próximo ano, estou planejando algo surpreendente para meus amigos de perto e também os de longe. Minha lista está como a do “Schindler”. São muitas pessoas e, não posso correr o risco de deixar alguém de fora. É surpresa, aguardem!
Agradeço aos amigos que me enviaram mensagens e fizeram ligações.
Beijos!
terça-feira, 24 de julho de 2012
31 de Julho - Dia da MULHER Africana

Em 31 de julho comemora-se o Dia Internacional da Mulher Africana, data celebrada desde 1962, constituída em Tanzânia – Dar – Es – Salaam, na Conferência das Mulheres Africanas.
A comemoração é feita a partir das lutas e conquistas que essas mulheres vêm, ao longo dos anos, ultrapassando para conseguir visibilidade e respeito perante à sociedade.
As mulheres africanas já passaram pelo regime escravocrata, tráfico de mulheres para outros continentes; obrigatoriedade do uso de burkas em algumas regiões, mutilação genital, violência familiar e, ainda, escassez de instrução.
Depois de quase cinquenta anos de comemoração, ainda hoje as reivindicações e debates seguem a mesma linha, sobretudo, o papel da mulher na reconstrução da África. Essas mulheres buscam melhoramentos na educação, abertura no mercado de trabalho, informação, valorização, respeito, paz e democracia.
Parabéns a vocês, mulheres africanas!
Fonte do texto: http://www.feirapreta.com.br/?p=1325
Foto: Helena Vitória não é de origem africana, mas reconhece a necessidade da urgência de políticas públicas nacionais e internacionais na valorização da mulher negra.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
60 Anos da Telenovela. Viva a telenovela brasileira!
As telenovelas dos últimos anos foram decisivas para posicioná-las entre os principais produtos no cenário global da indústria e da cultura brasileira. "É um fenômeno de memorização de fatos, ideias, situações e personagens. A sua fonte de inspiração é uma forma, uma perspectiva de olhar para o mundo, articulando, dessa maneira, a intersecção entre a realidade e a ficção" , na perspectiva da Maria Ataíde Malcher, no livro "A Memória da Telenovela - Legitimação e gerenciamento".
Curiosidades:
As novelas mais vendidas:
"Terra Nostra" - 84 países,
"Escrava Isaura (Rede Globo) - 74 países;
"Laços de Família" - 66 países;"
"O Clone" - 63 países;
"Sinhá Moça" (1986) - 62 países
Fonte - curiosidades: Revista Contigo - edição especial - CGCOM/Abril - 2005
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Fora de Controle

terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Nossa Entrevistada, Eliana Pace!
Sabe-se que relatar fatos do cotidiano talvez não seja tarefa muito fácil para quem se propõe a narrá-la. Esses relatos devem ser didáticos, claros e cheios de intensidade. Assim, garante-se que o leitor chegará ao fim da história. Seguindo esse raciocínio, “mestres das palavras” costumam usar seus textos para manter viva nossa história cultural. Por esse prisma, a veterana jornalista dedica-se a essa cuidadosa elaboração, valendo-se de informações precisas numa linguagem coloquial que, com elegância, consegue exprimir as sensações, amores, alegrias, dores, temores, as angústias, perdas e ganhos, preservando sem questionar as individualidades de cada um dos seus biografados. O resultado é um presente para o público que recebe uma história coesa, aproximando o entrevistado do leitor.
A escritora opta pelo registro, quase em formato de crônica, para compor essa coleção, que se lê mais como um agradável romance episódico do que uma biografia oficial ou fonte de pesquisa. Tudo é tão fascinante quanto “inalcançável” para a maioria de nós pobres mortais. A fim de trazer o assunto um pouco mais perto do leitor, Eliana debruça-se por seis meses sobre todo o material selecionado, procura ouvir o biografado e pesquisar tudo o que fez ou faz parte do seu convívio (correspondências, família, amigos, fotos e outros). Vale lembrar, que o bacana desse projeto é que o homenageado recebe a honraria ainda em vida. Já de início, a biógrafa esclarece: sua meta é mostrar o sopro do gênio do perfil, por meio do seu cotidiano. Assim, fica fácil conduzir o leitor por uma paisagem mais real.
Historiadora das mais competentes, sua obra tem o realismo das descrições. A soma de conhecimentos literários e o tratamento estilístico que empresta à obra lembram a influência das epopéias antigas, gênero épico clássico, com a interferência dos deuses. Ainda que tal trabalho não sejam as aventuras narradas nos escritos de Homero. Eliana nos brinda sempre com um livro magistral. Um de seus últimos trabalhos, “Nivea Maria – Uma Atriz Real” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008 - 244 páginas) foi escrito em parceria com o Mestre e Doutor em teledramaturgia pela USP, Mauro Alencar, consultor da Rede Globo de Televisão.
Para apresentar parte desse rico trabalho, a jornalista concedeu aos amigos imortais um bate papo bem agradável para fomentar esse espaço, que é dos amigos!
Blog: Quantas obras levam sua assinatura?
Eliana: Pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, assino as biografias dos atores Renato Consorte, Vera Nunes, Geórgia Gomide e Paulo Hesse, a da dramaturga Leilah Assumpção e a do compositor e cantor Sérgio Ricardo. Em parceria com Mauro Alencar, fiz as biografias de Nivea Maria, lançada também pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, de Elisabeth Savalla, em fase de aprovação, e a história da TV Paulista (essa ainda não foi lançada). Colaborei ainda com Renata Soffredini na biografia de Carlos Alberto Soffredini, dramaturgo.
Comecei em 2005, com duas biografias ao mesmo tempo: Renato Consorte e Leilah Assumpção.
Quanto tempo se leva para completar uma biografia?
Aproximadamente seis meses com exceção da TV Paulista, que demandou quase quatro anos de trabalho.
Quais os objetivos de um projeto como esse?
As biografias lançadas pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso, têm como objetivo o resgate e a preservação da memória da cultura brasileira por meio da história, narrada em primeira pessoa.
Como ocorreu a parceria Eliana Pace e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo?
A Imprensa Oficial do Estado selecionou profissionais com experiente currículo em jornalismo cultural para escrever as biografias, porque este gênero tem elementos de reportagem. Os jornalistas sabem perguntar, ouvir e organizar as informações. Rubens Ewald Filho, crítico de cinema e coordenador da Coleção Aplauso, um grande amigo desde a época da Faculdade de Jornalismo (que cursamos juntos), convidou-me pessoalmente para me integrar ao grupo. Adorei fazer esse trabalho porque uni o prazer em ouvir à escrita da história de vida dos outros e fiz amigos muito queridos entre os meus biografados.
Qual o público alvo da “Coleção Aplauso”?
São livros que não atingem um público específico. Além de atrair o leitor comum, direcionam-se a todos que queiram ler uma boa história.. Interessam igualmente aos estudiosos das artes cênicas. Os exemplares são distribuídos para bibliotecas.
O processo da elaboração da obra, os encontros com o entrevistado, horas e horas ouvindo suas narrações, se assemelham a uma sessão de psicanálise? O jornalista/biógrafo acaba fazendo este papel?
Em principio, se não houver empatia entre biografado e jornalista, a obra não avança. Tem que haver entre as duas partes respeito. Principalmente da parte do jornalista. Não basta só o conhecimento da obra do artista, mas o carinho pelo seu biografado. Pelos muitos encontros, não é raro que eles se tornem amigos íntimos.
Cada um dos meus biografados me deixou uma lição de vida. Renato Consorte, durante as entrevistas, me fazia rir e chorar. Leilah Assumpção é a dramaturga das mulheres da minha geração que rompeu barreiras, ou seja, havia um entendimento tácito entre nós por conta das nossas vivências. É minha grande amiga até hoje. Vera Nunes eu a conhecia socialmente, até que sugeri ao Rubens Ewald que ela fosse biografada. Geórgia Gomide, que perdemos há pouco tempo, passou a sair comigo para passear. Íamos ao teatro, viajávamos juntas. Ela me levou para conhecer o Projac... Infelizmente, não conseguimos realizar a montagem do curta metragem que escrevi para ela encenar.
Li uma vez em algum lugar (não me recordo agora), que normalmente o biógrafo “apaixona-se” pelo biografado e o isola no tempo e no espaço como se ele não pertencesse a um espaço cronológico e a cultura desse tempo. Você acredita nisso ou acha que há um exagero por parte de quem fez essa fala?
Não há exagero na afirmativa, porque quem escreve uma biografia tem que ter, no mínimo, respeito e carinho por seu biografado. Comigo aconteceu um fato marcante. Eu era apaixonada pelo compositor Sergio Ricardo desde a minha juventude, quando dava aulas de violão em Santos, e tinha todos os seus discos, dos antigos LPs aos atuais CDs. Nunca havia tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. E, quando me foi dada a chance de biografá-lo, pedi 24 horas para estabelecer um primeiro contato com ele, pois precisava controlar a emoção. Firmou-se entre nós uma enorme amizade e, em um dos encontros em minha casa, pedi a ele que autografasse todos os meus LPs e CDs. Rimos muito dessa situação. Em uma entrevista que ele deu para o jornal O Estado de São Paulo, o violão que ele abraça, é o meu!
Já aconteceu de em um determinado capítulo do livro, o entrevistado lembrar-se de um momento emocionante que vivenciou em alguma época, se emocionar e levar o entrevistador ao mesmo sentimento?
Com Sérgio Ricardo, nossos primeiros contatos foram feitos por e-mail, porque ele mora no Rio e eu em São Paulo. Mandei a ele algumas perguntas sobre a família, para que me respondesse. O material era tão emocionante que transformou-se no primeiro capitulo de sua biografia. Ele preferiu que eu assumisse o texto para não se emocionar mais.
Mia Couto, jornalista e autor de vários livros, em seu “Poema da Despedida”, afirma: “Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei. Ainda assim, escrevo”. Você também pensa assim?
Sou uma profunda admiradora de Mia Couto e é possível que ele tenha razão. Nenhuma palavra alcança o mundo, mas se alcançar uma parcela ínfima que seja de pessoas, ainda assim terá semeado ideias e sentimentos.
Em um país considerado “sem memória”, você acredita que, com uma obra dessas, é possível exercer a atração pela leitura?
Juntemos essa afirmação ao culto da celebridade, ao sucesso instantâneo. Se o brasileiro tem tanta curiosidade pela vida de um BBB qualquer, deveria ter também pela história de um ser humano com mais consistência e valores, por assim dizer. O ser humano é sempre o personagem principal de qualquer história, seja uma personalidade ou um anônimo, um avô ou um mestre. Todos têm um tipo inesquecível.
Ao narrar um perfil você costuma pensar: “Trata-se de uma contribuição a mais na valorização da cultura brasileira?”.
Sim, no caso da Coleção Aplauso, são histórias tão ricas de vida, que vale a pena serem levadas ao conhecimento público.
Desse valioso acervo humano, o que mais destaca?
Ganhei amigos preciosos. Leilah Assumpção diz que transformei sua história de vida em uma pequena obra prima. No livro de Sergio Ricardo, mostrei que sua biografia é muito mais ampla e consistente do que o episódio do violão quebrado num festival de música popular.
Você não escreve apenas para a Coleção Aplauso. Existem títulos de ficção com seu nome. Como é transitar entre a ficção e a realidade?
Deixe-nos algumas reflexões:
“Uma vida de sucessos não rende necessariamente uma boa biografia”.