Transformar um país ou trabalhar no sentido de mantê-lo mais culto é tarefa para pessoas perseverantes e que valorizam o conhecimento humano. Para dar sua rica contribuição à história das letras, a paulistana Eliana Pace, jornalista, relações públicas e diretora da Pace Consultoria em Comunicação na capital paulista, atua no mercado editorial há mais de dez anos e, desde 2004, colabora com a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo na qual apresenta aos brasileiros um projeto cujo objetivo é resgatar e preservar a memória da cultura brasileira, biografando uma personalidade do teatro, televisão, música, artes plásticas, cinema, esporte, literatura, ou de outra área de atuação, que, por meio de sua atividade, contribui com a sociedade.
Sabe-se que relatar fatos do cotidiano talvez não seja tarefa muito fácil para quem se propõe a narrá-la. Esses relatos devem ser didáticos, claros e cheios de intensidade. Assim, garante-se que o leitor chegará ao fim da história. Seguindo esse raciocínio, “mestres das palavras” costumam usar seus textos para manter viva nossa história cultural. Por esse prisma, a veterana jornalista dedica-se a essa cuidadosa elaboração, valendo-se de informações precisas numa linguagem coloquial que, com elegância, consegue exprimir as sensações, amores, alegrias, dores, temores, as angústias, perdas e ganhos, preservando sem questionar as individualidades de cada um dos seus biografados. O resultado é um presente para o público que recebe uma história coesa, aproximando o entrevistado do leitor.
A escritora opta pelo registro, quase em formato de crônica, para compor essa coleção, que se lê mais como um agradável romance episódico do que uma biografia oficial ou fonte de pesquisa. Tudo é tão fascinante quanto “inalcançável” para a maioria de nós pobres mortais. A fim de trazer o assunto um pouco mais perto do leitor, Eliana debruça-se por seis meses sobre todo o material selecionado, procura ouvir o biografado e pesquisar tudo o que fez ou faz parte do seu convívio (correspondências, família, amigos, fotos e outros). Vale lembrar, que o bacana desse projeto é que o homenageado recebe a honraria ainda em vida. Já de início, a biógrafa esclarece: sua meta é mostrar o sopro do gênio do perfil, por meio do seu cotidiano. Assim, fica fácil conduzir o leitor por uma paisagem mais real.
Historiadora das mais competentes, sua obra tem o realismo das descrições. A soma de conhecimentos literários e o tratamento estilístico que empresta à obra lembram a influência das epopéias antigas, gênero épico clássico, com a interferência dos deuses. Ainda que tal trabalho não sejam as aventuras narradas nos escritos de Homero. Eliana nos brinda sempre com um livro magistral. Um de seus últimos trabalhos, “Nivea Maria – Uma Atriz Real” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008 - 244 páginas) foi escrito em parceria com o Mestre e Doutor em teledramaturgia pela USP, Mauro Alencar, consultor da Rede Globo de Televisão.
Para apresentar parte desse rico trabalho, a jornalista concedeu aos amigos imortais um bate papo bem agradável para fomentar esse espaço, que é dos amigos!
Blog: Quantas obras levam sua assinatura?
Eliana: Pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, assino as biografias dos atores Renato Consorte, Vera Nunes, Geórgia Gomide e Paulo Hesse, a da dramaturga Leilah Assumpção e a do compositor e cantor Sérgio Ricardo. Em parceria com Mauro Alencar, fiz as biografias de Nivea Maria, lançada também pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, de Elisabeth Savalla, em fase de aprovação, e a história da TV Paulista (essa ainda não foi lançada). Colaborei ainda com Renata Soffredini na biografia de Carlos Alberto Soffredini, dramaturgo.
Sabe-se que relatar fatos do cotidiano talvez não seja tarefa muito fácil para quem se propõe a narrá-la. Esses relatos devem ser didáticos, claros e cheios de intensidade. Assim, garante-se que o leitor chegará ao fim da história. Seguindo esse raciocínio, “mestres das palavras” costumam usar seus textos para manter viva nossa história cultural. Por esse prisma, a veterana jornalista dedica-se a essa cuidadosa elaboração, valendo-se de informações precisas numa linguagem coloquial que, com elegância, consegue exprimir as sensações, amores, alegrias, dores, temores, as angústias, perdas e ganhos, preservando sem questionar as individualidades de cada um dos seus biografados. O resultado é um presente para o público que recebe uma história coesa, aproximando o entrevistado do leitor.
A escritora opta pelo registro, quase em formato de crônica, para compor essa coleção, que se lê mais como um agradável romance episódico do que uma biografia oficial ou fonte de pesquisa. Tudo é tão fascinante quanto “inalcançável” para a maioria de nós pobres mortais. A fim de trazer o assunto um pouco mais perto do leitor, Eliana debruça-se por seis meses sobre todo o material selecionado, procura ouvir o biografado e pesquisar tudo o que fez ou faz parte do seu convívio (correspondências, família, amigos, fotos e outros). Vale lembrar, que o bacana desse projeto é que o homenageado recebe a honraria ainda em vida. Já de início, a biógrafa esclarece: sua meta é mostrar o sopro do gênio do perfil, por meio do seu cotidiano. Assim, fica fácil conduzir o leitor por uma paisagem mais real.
Historiadora das mais competentes, sua obra tem o realismo das descrições. A soma de conhecimentos literários e o tratamento estilístico que empresta à obra lembram a influência das epopéias antigas, gênero épico clássico, com a interferência dos deuses. Ainda que tal trabalho não sejam as aventuras narradas nos escritos de Homero. Eliana nos brinda sempre com um livro magistral. Um de seus últimos trabalhos, “Nivea Maria – Uma Atriz Real” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008 - 244 páginas) foi escrito em parceria com o Mestre e Doutor em teledramaturgia pela USP, Mauro Alencar, consultor da Rede Globo de Televisão.
Para apresentar parte desse rico trabalho, a jornalista concedeu aos amigos imortais um bate papo bem agradável para fomentar esse espaço, que é dos amigos!
Blog: Quantas obras levam sua assinatura?
Eliana: Pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, assino as biografias dos atores Renato Consorte, Vera Nunes, Geórgia Gomide e Paulo Hesse, a da dramaturga Leilah Assumpção e a do compositor e cantor Sérgio Ricardo. Em parceria com Mauro Alencar, fiz as biografias de Nivea Maria, lançada também pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, de Elisabeth Savalla, em fase de aprovação, e a história da TV Paulista (essa ainda não foi lançada). Colaborei ainda com Renata Soffredini na biografia de Carlos Alberto Soffredini, dramaturgo.
Qual a data exata em que começou a biografar?
Comecei em 2005, com duas biografias ao mesmo tempo: Renato Consorte e Leilah Assumpção.
Quanto tempo se leva para completar uma biografia?
Aproximadamente seis meses com exceção da TV Paulista, que demandou quase quatro anos de trabalho.
Quais os objetivos de um projeto como esse?
As biografias lançadas pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso, têm como objetivo o resgate e a preservação da memória da cultura brasileira por meio da história, narrada em primeira pessoa.
Como ocorreu a parceria Eliana Pace e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo?
A Imprensa Oficial do Estado selecionou profissionais com experiente currículo em jornalismo cultural para escrever as biografias, porque este gênero tem elementos de reportagem. Os jornalistas sabem perguntar, ouvir e organizar as informações. Rubens Ewald Filho, crítico de cinema e coordenador da Coleção Aplauso, um grande amigo desde a época da Faculdade de Jornalismo (que cursamos juntos), convidou-me pessoalmente para me integrar ao grupo. Adorei fazer esse trabalho porque uni o prazer em ouvir à escrita da história de vida dos outros e fiz amigos muito queridos entre os meus biografados.
Qual o público alvo da “Coleção Aplauso”?
São livros que não atingem um público específico. Além de atrair o leitor comum, direcionam-se a todos que queiram ler uma boa história.. Interessam igualmente aos estudiosos das artes cênicas. Os exemplares são distribuídos para bibliotecas.
O processo da elaboração da obra, os encontros com o entrevistado, horas e horas ouvindo suas narrações, se assemelham a uma sessão de psicanálise? O jornalista/biógrafo acaba fazendo este papel?
Em principio, se não houver empatia entre biografado e jornalista, a obra não avança. Tem que haver entre as duas partes respeito. Principalmente da parte do jornalista. Não basta só o conhecimento da obra do artista, mas o carinho pelo seu biografado. Pelos muitos encontros, não é raro que eles se tornem amigos íntimos.
Cada um dos meus biografados me deixou uma lição de vida. Renato Consorte, durante as entrevistas, me fazia rir e chorar. Leilah Assumpção é a dramaturga das mulheres da minha geração que rompeu barreiras, ou seja, havia um entendimento tácito entre nós por conta das nossas vivências. É minha grande amiga até hoje. Vera Nunes eu a conhecia socialmente, até que sugeri ao Rubens Ewald que ela fosse biografada. Geórgia Gomide, que perdemos há pouco tempo, passou a sair comigo para passear. Íamos ao teatro, viajávamos juntas. Ela me levou para conhecer o Projac... Infelizmente, não conseguimos realizar a montagem do curta metragem que escrevi para ela encenar.
Li uma vez em algum lugar (não me recordo agora), que normalmente o biógrafo “apaixona-se” pelo biografado e o isola no tempo e no espaço como se ele não pertencesse a um espaço cronológico e a cultura desse tempo. Você acredita nisso ou acha que há um exagero por parte de quem fez essa fala?
Não há exagero na afirmativa, porque quem escreve uma biografia tem que ter, no mínimo, respeito e carinho por seu biografado. Comigo aconteceu um fato marcante. Eu era apaixonada pelo compositor Sergio Ricardo desde a minha juventude, quando dava aulas de violão em Santos, e tinha todos os seus discos, dos antigos LPs aos atuais CDs. Nunca havia tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. E, quando me foi dada a chance de biografá-lo, pedi 24 horas para estabelecer um primeiro contato com ele, pois precisava controlar a emoção. Firmou-se entre nós uma enorme amizade e, em um dos encontros em minha casa, pedi a ele que autografasse todos os meus LPs e CDs. Rimos muito dessa situação. Em uma entrevista que ele deu para o jornal O Estado de São Paulo, o violão que ele abraça, é o meu!
Já aconteceu de em um determinado capítulo do livro, o entrevistado lembrar-se de um momento emocionante que vivenciou em alguma época, se emocionar e levar o entrevistador ao mesmo sentimento?
Comecei em 2005, com duas biografias ao mesmo tempo: Renato Consorte e Leilah Assumpção.
Quanto tempo se leva para completar uma biografia?
Aproximadamente seis meses com exceção da TV Paulista, que demandou quase quatro anos de trabalho.
Quais os objetivos de um projeto como esse?
As biografias lançadas pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso, têm como objetivo o resgate e a preservação da memória da cultura brasileira por meio da história, narrada em primeira pessoa.
Como ocorreu a parceria Eliana Pace e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo?
A Imprensa Oficial do Estado selecionou profissionais com experiente currículo em jornalismo cultural para escrever as biografias, porque este gênero tem elementos de reportagem. Os jornalistas sabem perguntar, ouvir e organizar as informações. Rubens Ewald Filho, crítico de cinema e coordenador da Coleção Aplauso, um grande amigo desde a época da Faculdade de Jornalismo (que cursamos juntos), convidou-me pessoalmente para me integrar ao grupo. Adorei fazer esse trabalho porque uni o prazer em ouvir à escrita da história de vida dos outros e fiz amigos muito queridos entre os meus biografados.
Qual o público alvo da “Coleção Aplauso”?
São livros que não atingem um público específico. Além de atrair o leitor comum, direcionam-se a todos que queiram ler uma boa história.. Interessam igualmente aos estudiosos das artes cênicas. Os exemplares são distribuídos para bibliotecas.
O processo da elaboração da obra, os encontros com o entrevistado, horas e horas ouvindo suas narrações, se assemelham a uma sessão de psicanálise? O jornalista/biógrafo acaba fazendo este papel?
Em principio, se não houver empatia entre biografado e jornalista, a obra não avança. Tem que haver entre as duas partes respeito. Principalmente da parte do jornalista. Não basta só o conhecimento da obra do artista, mas o carinho pelo seu biografado. Pelos muitos encontros, não é raro que eles se tornem amigos íntimos.
Cada um dos meus biografados me deixou uma lição de vida. Renato Consorte, durante as entrevistas, me fazia rir e chorar. Leilah Assumpção é a dramaturga das mulheres da minha geração que rompeu barreiras, ou seja, havia um entendimento tácito entre nós por conta das nossas vivências. É minha grande amiga até hoje. Vera Nunes eu a conhecia socialmente, até que sugeri ao Rubens Ewald que ela fosse biografada. Geórgia Gomide, que perdemos há pouco tempo, passou a sair comigo para passear. Íamos ao teatro, viajávamos juntas. Ela me levou para conhecer o Projac... Infelizmente, não conseguimos realizar a montagem do curta metragem que escrevi para ela encenar.
Li uma vez em algum lugar (não me recordo agora), que normalmente o biógrafo “apaixona-se” pelo biografado e o isola no tempo e no espaço como se ele não pertencesse a um espaço cronológico e a cultura desse tempo. Você acredita nisso ou acha que há um exagero por parte de quem fez essa fala?
Não há exagero na afirmativa, porque quem escreve uma biografia tem que ter, no mínimo, respeito e carinho por seu biografado. Comigo aconteceu um fato marcante. Eu era apaixonada pelo compositor Sergio Ricardo desde a minha juventude, quando dava aulas de violão em Santos, e tinha todos os seus discos, dos antigos LPs aos atuais CDs. Nunca havia tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. E, quando me foi dada a chance de biografá-lo, pedi 24 horas para estabelecer um primeiro contato com ele, pois precisava controlar a emoção. Firmou-se entre nós uma enorme amizade e, em um dos encontros em minha casa, pedi a ele que autografasse todos os meus LPs e CDs. Rimos muito dessa situação. Em uma entrevista que ele deu para o jornal O Estado de São Paulo, o violão que ele abraça, é o meu!
Já aconteceu de em um determinado capítulo do livro, o entrevistado lembrar-se de um momento emocionante que vivenciou em alguma época, se emocionar e levar o entrevistador ao mesmo sentimento?
Com Renato Consorte, ri e chorei durante o processo do livro. Senti-me uma espectadora privilegiada porque era única em determinadas cenas, por exemplo, quando ele contava uma piada só para mim e me fazia gargalhar. Quando narrou o gravíssimo acidente de avião que sofreu, nós dois choramos.
Com Sérgio Ricardo, nossos primeiros contatos foram feitos por e-mail, porque ele mora no Rio e eu em São Paulo. Mandei a ele algumas perguntas sobre a família, para que me respondesse. O material era tão emocionante que transformou-se no primeiro capitulo de sua biografia. Ele preferiu que eu assumisse o texto para não se emocionar mais.
Mia Couto, jornalista e autor de vários livros, em seu “Poema da Despedida”, afirma: “Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei. Ainda assim, escrevo”. Você também pensa assim?
Sou uma profunda admiradora de Mia Couto e é possível que ele tenha razão. Nenhuma palavra alcança o mundo, mas se alcançar uma parcela ínfima que seja de pessoas, ainda assim terá semeado ideias e sentimentos.
Em um país considerado “sem memória”, você acredita que, com uma obra dessas, é possível exercer a atração pela leitura?
Juntemos essa afirmação ao culto da celebridade, ao sucesso instantâneo. Se o brasileiro tem tanta curiosidade pela vida de um BBB qualquer, deveria ter também pela história de um ser humano com mais consistência e valores, por assim dizer. O ser humano é sempre o personagem principal de qualquer história, seja uma personalidade ou um anônimo, um avô ou um mestre. Todos têm um tipo inesquecível.
Ao narrar um perfil você costuma pensar: “Trata-se de uma contribuição a mais na valorização da cultura brasileira?”.
Sim, no caso da Coleção Aplauso, são histórias tão ricas de vida, que vale a pena serem levadas ao conhecimento público.
Desse valioso acervo humano, o que mais destaca?
Ganhei amigos preciosos. Leilah Assumpção diz que transformei sua história de vida em uma pequena obra prima. No livro de Sergio Ricardo, mostrei que sua biografia é muito mais ampla e consistente do que o episódio do violão quebrado num festival de música popular.
Você não escreve apenas para a Coleção Aplauso. Existem títulos de ficção com seu nome. Como é transitar entre a ficção e a realidade?
Com Sérgio Ricardo, nossos primeiros contatos foram feitos por e-mail, porque ele mora no Rio e eu em São Paulo. Mandei a ele algumas perguntas sobre a família, para que me respondesse. O material era tão emocionante que transformou-se no primeiro capitulo de sua biografia. Ele preferiu que eu assumisse o texto para não se emocionar mais.
Mia Couto, jornalista e autor de vários livros, em seu “Poema da Despedida”, afirma: “Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei. Ainda assim, escrevo”. Você também pensa assim?
Sou uma profunda admiradora de Mia Couto e é possível que ele tenha razão. Nenhuma palavra alcança o mundo, mas se alcançar uma parcela ínfima que seja de pessoas, ainda assim terá semeado ideias e sentimentos.
Em um país considerado “sem memória”, você acredita que, com uma obra dessas, é possível exercer a atração pela leitura?
Juntemos essa afirmação ao culto da celebridade, ao sucesso instantâneo. Se o brasileiro tem tanta curiosidade pela vida de um BBB qualquer, deveria ter também pela história de um ser humano com mais consistência e valores, por assim dizer. O ser humano é sempre o personagem principal de qualquer história, seja uma personalidade ou um anônimo, um avô ou um mestre. Todos têm um tipo inesquecível.
Ao narrar um perfil você costuma pensar: “Trata-se de uma contribuição a mais na valorização da cultura brasileira?”.
Sim, no caso da Coleção Aplauso, são histórias tão ricas de vida, que vale a pena serem levadas ao conhecimento público.
Desse valioso acervo humano, o que mais destaca?
Ganhei amigos preciosos. Leilah Assumpção diz que transformei sua história de vida em uma pequena obra prima. No livro de Sergio Ricardo, mostrei que sua biografia é muito mais ampla e consistente do que o episódio do violão quebrado num festival de música popular.
Você não escreve apenas para a Coleção Aplauso. Existem títulos de ficção com seu nome. Como é transitar entre a ficção e a realidade?
São sintonias diferentes. Mauro Alencar recebeu da Editora Globo a incumbência de transformar em livros cinco grandes novelas: Roque Santeiro, Pecado Capital, Selva de Pedra, Vale Tudo e O Bem Amado. Topei o desafio e, praticamente em dois meses, finalizamos os livros que foram comercializados, inicialmente, nos catálogos da Avon. Até hoje, agradecemos a oportunidade dessa experiência super gratificante para nós dois, pelo prazer e privilégio de conhecer o texto de grandes autores como Janete Clair e Dias Gomes.
Deixe-nos algumas reflexões:
“Prefiro pecar por excesso de ação do que por omissão. Vale para a vida real e a profissional”.
“Uma vida de sucessos não rende necessariamente uma boa biografia”.
“Uma vida de sucessos não rende necessariamente uma boa biografia”.
“O universo intimo de cada pessoa e sua história de vida são especiais não apenas para quem com ela conviveu, mas para aqueles que conhecem de longe sua trajetória de sucessos ou dores”.
Fonte da foto: Acervo da entrevistada
4 comentários:
Conheço Eliana
Grande profissional!
Helena, tinha tempo que não passava por aqui. Você está escrevendo cada vez melhor, parabéns!! E o blog está lindo com esse novo visual. Sucesso!!
Helena, vc nos surpreende a cada dia. Suas entrevistas estão ótimas, e seus entrevistados são pessoas muito inteligentes e que dão uma contribuição enorme a nossa cultura...
Si melhorar estraga!!!
Amiga, adorei a entrevista. Para mim, leiga no assunto, é um prazer ler e conhecer um pouco mais do seu mundo!
Abraços carinhosos, e muito, muito sucesso.
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