domingo, 16 de fevereiro de 2014

Milagres de Jesus - A nova Minissérie da Record


A minissérie da Record estreiou na noite da quarta-feira (22/01), às 21h45, e promete ser mais um marco na dramaturgia épica da casa.
Com 18 episódios, a historia foi escrita a cinco mãos: Vivian de Oliveira, Renato Modesto, Maria Cláudia Oliveira, Camilo Pellegrini e Paula Richard e será vivido por mais de 160 artistas, que encenaram no Paraná e no Piauí. A superprodução vai apresentar as grandes histórias de Cristo que retratam a dor e as transformações das pessoas. O novo roteiro épico procurou valorizar os sentimentos religiosos e os apegos à família. 
Segundo os autores, os protagonistas da trama serão as pessoas que receberam os milagres de Jesus. O quinteto defende a tese de que o maior desafio foi escrever temas sobre pessoas comuns que passaram por problemas e receberam o milagre. Explicam ainda,  que apesar dos protagonistas serem aqueles que foram agraciados pelos feitos divinos, a Bíblia não será mera coadjuvante, muito pelo contrário, a intenção é destacar que experiências do passado ainda continuam muito atuais, tais como nas páginas das Escrituras Sagradas.
Tanto é que, no telefilme Milagres de Jesus será possível sabermos um pouco mais sobre "A Pesca Maravilhosa", "A Mulher Encurvada", "O Leproso de Genesaré", "O Endemoniado de Gerasa" e "A Cura do Servo do Centurião", entre outros. O diferencial nesse trabalho também será o fato de que a cada episódio, haverá um protagonista. A emissora, no entanto, quer manter o segredo em torno da imagem de Jesus.  A ideia é, sempre que o filho de Deus surja na tela, seu rosto permaneça fora do plano. Dessa maneira, além de não se envolver em controvérsias quanto à aparência do ícone religioso, tão discutida hoje em inúmeros estudos, a produção manterá o mistério em torno do responsável pelos sucessivos milagres contados na história. A informação é confirmada pela assessoria da Record.
Na coletiva de imprensa, no dia 16, no Recnov, no Rio de Janeiro – autores e diretores situavam o público sobre o que será veiculado na tela da Record, no próximo dia 22. Todos os episódios têm início, meio e fim. São 18 telefilmes, mas as histórias de cada um se complementam e conseguem manter a mesma cara.
O diretor geral da minissérie, João Camargo, ressaltou que é preciso ousadia para por em prática um projeto como este. “Ousadia, porque a gente já tem o resultado das minisséries bíblicas anteriores e são todos muito positivos. Um novo trabalho é sempre desafiador.”
Vivian de Oliveira, uma das autoras, contou que Jesus não aparecerá nos telefilmes porque mais importante é mostrar o que ele fez para cada pessoa agraciada pelo milagre. Disse ainda, que “foi maravilhoso investigar o pensamento daquela época e descobrir que os conflitos humanos são os mesmos. Chorei muito escrevendo.”
Atores como Caio Junqueira, Antonio Grassi, Gracindo Jr., Janaína Moura, Valéria Alencar, Milhem Cortaz, Marcella Muniz, Micael Borges, Juliana Xavier, Gabriel Gracindo, Giuseppe Oristanio, Bruno Ferrari, Antonio Grassi, Mauricio Ribeiro, Rodrigo Vidigal, Erick Maximiano e Cassio Pandolfi, Ester Góes, Thierry Figueira, Bemvindo Sequeira, Paulo Gorgulho, Rafaela Mandelli, Beth Goulart, José Dumont, Micael Borges, Petrônio Gontijo, Jonas Bloch, Flávia Monteiro, Julianne Trevisol, Marcello Escorel, Francisca Queiroz e Roberto Bomtempo integram o elenco.
Em sua quarta minissérie no segmento épico, a Record aposta em mais uma superprodução. É assistir para conferir! 

Amor e Morte, no fim de ano da RECORD!

Marcílio Moraes - autor, ladeado do elenco e equipe de apoio
Confira a análise da especialista em telenovelas Helena Vitória, sobre o especial de fim de ano da Record.
Calma! Não há nada de assustador nesse título, muito pelo contrário. A emissora vai trabalhar duas grandes fases da vida, tomando como tema o Amor e assunto, a Morte. Não é de hoje que o amor e a morte são o foco da inquietação da humanidade. Entendê-los tem sido um grande desafio para diferentes culturas, bem como também é distinta a forma como, no curso da história, o olhar artístico tem tentado desvendar-lhes os maiores segredos.
Nesse fim de ano, a Record quer surpreender os telespectadores com o intrigante telefilme O Amor e a Morte. O texto promete ser mais um clássico na galeria de bons trabalhos da emissora. Assinado por Marcílio Moraes, um veterano da teledramaturgia brasileira, O Amor e a Morte, segundo o próprio autor, baseia-se em quatro contos de Thomas Mann: A Morte, Desejo de Felicidade, A Queda e Anedota, que guardam um traço de ironia sutil do autor, muito presente nesses textos.
Não foi por acaso a escolha. Marcílio Moraes homenageia os 150 anos da presença alemã no Brasil, mostrando a relevância da cultura desse povo e de sua influência não só em terras brasileiras, mas também em todo o mundo, por meio de uma temática que propõe um olhar mais atento sobre o ser humano. Outro fator decisivo para que Moraes se voltasse para Thomas Mann está na biografia desse grande nome da literatura alemã: sua mãe era brasileira, nascida em Paraty, Rio de Janeiro.
Com esse trabalho, o autor pretende ousar. Essa é uma característica peculiar em sua escrita extremamente fina. Além de Mann, outro nome alemão que faz parte da seleção para O Amor e a Morte é Bertolt Brecht. Marcílio, em seu site afirma: “Mantive uma construção épica, mas deixando as cenas mergulharem em um tom dramático, transportando o telespectador para dentro da ação e não contrapondo o telespectador a ela. Como fazia Brecht”.
O especial chega “grande” na tela da Record, não deixando nenhuma dúvida sobre para que veio. Com um reduzido elenco de veteranos na TV, cuidadosamente selecionados estão Adriana Garambone, Floriano Peixoto, Giuseppe Oristanio, Gabriel Gracindo e Thelmo Fernandes. A direção é de Marco Altberg.
A história começa com um misterioso convite feito por Henrique (Floriano Peixoto), protagonista da história. Ele reúne seus amigos para contar-lhes que tem certeza de que sua morte será no dia seguinte, 13 de outubro de 2013. Ele afirma que sabe disso há mais de 20 anos. Assim, como não poderia deixar de ser, o amor e a morte passam a ser a pauta do encontro. Seus amigos, a fim de fazê-lo esquecer sua data agendada de morte, começam suas narrativas envolvendo esses temas. Isso nos remete também à Sherazade em As mil e uma noites, que, para evitar a própria morte, passa a contar histórias para o seu marido, o sultão.
No entanto, ao contrário do que se possa pensar, Marcílio garante que não há nada de mórbido mesclado à história. O encontro é apenas uma forma de encarar os fatos e falar deles. O anfitrião tem certeza de que vai morrer e quer comunicar isso aos amigos. A revelação, sem caráter traumático, também servirá para que os convidados possam refletir sobre suas vidas e seus amores.
A história não explica nada de maneira convencional, ou seja, por onde ele esteve durante sua ausência, o que pretende desenterrar com tal revelação, enfim. Tudo é um profundo e ardiloso mistério, como as águas turvas de um lago. Esse drama, podemos assim chamá-lo, cheio de climas e resumidos diálogos poderá ser conferido nesta sexta-feira, dia 20, às 00h15, marcando o fim de ano da Record, disso não se pode ter dúvidas!